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Moradores do entorno do Edifício Andréa têm rotina alterada após desabamento

Ruas interditadas, aumento do fluxo de veículos onde antes havia calmaria e impacto direto no comércio local são algumas das mudanças registradas no entorno da tragédia

O clima de esperança e ao mesmo tempo de tristeza vivido por bombeiros, voluntários e curiosos também é refletido pelos moradores do entorno do Edifício Andréa. Desde que o prédio desabou, na última terça-feira, 15, a rotina de parte do bairro Dionísio Torres, em Fortaleza, foi modificada. Ruas interditadas, aumento do fluxo de veículos onde antes havia calmaria e impacto direto no comércio são algumas das mudanças registradas no entorno da tragédia.

Dona de comércio na rua Walter Bezerra de Sá, Sandra Soares diz que as vendas “caíram muito” e que passaram a ser “insignificantes” desde a terça-feira. A via, que já foi liberada, foi uma das que foram interditadas pela Autarquia Municipal de Fortaleza (AMC) para facilitar o isolamento da região. De todo modo, para evitar prejuízo maior no caixa da empresa, ela passou a entregar compras a domicílio.

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“A gente não está se lamentando diante das perdas de tantas vidas aqui, mas até hoje a gente não voltou à rotina normal. A gente está tentando trabalhar com entrega a domicílio, para ver se faz as rendas dessa forma, para não ter uma perda maior na questão da empresa”, relata.

No mesmo quarteirão do prédio, na rua Tibúrcio Cavalcante, por outro lado, a dona de restaurante Inez Aquino relata que suas vendas “aumentaram muito” graças aos voluntários e curiosos que vão ao local. O que seria pretexto de alegria em outro momento, hoje é motivo de tristeza para Inez e seus funcionários, já que inúmeras pessoas do Edifício Andréa eram clientes do restaurante.

“Então a gente fica assim… Eu não sei nem dizer como é... Fica muito estranho. Muda alguma coisa, sabe? Eu não sei explicar bem, mas fica triste. Principalmente por serem pessoas que a gente conhece”, lamenta Inez.

Mudança também bastante sentida na região é a do trânsito, inexistente em algumas vias e mais intenso em outras, como na rua coronel Alves Teixeira. Lá trabalha o vigilante Charliton de Melo Oliveira, que tinha acabado de retornar do estabelecimento de Inez Aquino quando, “de uma hora para outra”, escutou o barulho. “Hoje o fluxo de carros por aqui mudou demais. O trânsito é grande e não para, não”, indica.

A posto de frente para o horizonte em que se via o Edifício Andréa, ele diz ainda estar “sem acreditar” que o prédio desmoronou. “Eu trabalho aqui, mas estou sem coragem de ir lá. É o caminho que eu fazia pra fazer jogo na lotérica. Deus me livre que tivesse sido no horário que eu tivesse ido”, alivia.

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