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Número de transplantes de medula óssea no Ceará chega a 76 neste ano, afirma Sesa

O procedimento, de alta complexidade, é realizado em cinco unidades de saúde da Capital; apenas uma é da rede pública. Na rede particular, o Hospital Antonio Prudente realizou o 10º transplante este ano
14:14 | Set. 09, 2019
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Tipo Notícia

O Transplante de Medula Óssea (TMO), tipo de tratamento proposto para algumas doenças que afetam as células do sangue, atingiu a marca de 76 procedimentos realizados no Ceará até agosto deste ano, de acordo com a Secretária da Saúde do Estado do Ceará (Sesa). O Estado possui cinco unidades de saúde que fazem o tratamento, entre elas uma da rede pública, que atende por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e outras quatro da rede privada.

Maior centro de TMO do Estado, o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) iniciou o tratamento em 2008 e atingiu a marca de 484 transplantes até este ano. Apenas em 2019, o hospital chegou ao número de 52 procedimentos e está investindo em inovações tecnológicas. De acordo com o hematologista Fernando Barroso, médico responsável pelo setor, o HUWC deve iniciar o tratamento com terapia celular até 2020. “O transplante está mudando muito. Esse novo tratamento será uma opção para pacientes que não respondem ou não podem fazer o transplante”, argumenta.

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A unidade aguarda, entretanto, pela finalização da obra de novos leitos para o TMO. Fernando explica que a reforma para ampliação está parada há mais de dois anos e o atendimento, que recebe pacientes das regiões Norte e Nordeste, é afetado. Sobre o andamento da obra, a assessoria do HUWC informou, em nota, que o Complexo Hospitalar da UFC/Ebserh está na fase final de planejamento para a retomada de quatro obras, entre elas a dos leitos para o transplante de medula óssea. "A previsão é de concluí-las nos próximos quatro anos. Com isso, o Complexo Hospitalar terá 180 novos leitos disponíveis à população", diz a nota. 

Na rede privada, o hospital Antônio Prudente conseguiu autorização do Ministério da Saúde para o transplante de medula óssea em fevereiro deste ano e realizou 10 procedimentos desde então. De acordo com Emmerson Eulálio, hematologista e especialista em transplantes da unidade, a meta até o fim deste ano é de mais cinco transplantes. Esse total representa 15% de aumento dos transplantes realizados no Estado em relação a 2018, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

O especialista explica que a nova oferta de procedimentos favorece os pacientes atendidos pelo plano de saúde em um âmbito regional. Nas regiões Norte e Nordeste, existem apenas outros dois estados, além do Ceará, que realizam transplante de medula: Bahia e Pernambuco. “Ter essa nova oferta acaba desafogando até a fila do SUS. Os pacientes que são atendidos pelo plano [de saúde] antes ocupavam uma vaga para transplante na rede pública”, disse Emmerson.

A pretensão do hospital para o próximo ano é realizar entre 20 e 30 transplantes, passando a realizar também o transplante alogênico, quando as células precursoras provém de outro indivíduo. Esse tipo de procedimento tem uma maior complexidade em relação ao que é feito atualmente, que provém do próprio indivíduo, e exige uma equipe médica mais ampla e uma infraestrutura mais equipada, de acordo com requisitos do Ministério da Saúde. Atualmente, o HUWC e o Hospital Regional da Unimed realizam os dois tipos de procedimento no Estado.

Entenda como o transplante é feito

Depois de se submeter a um tratamento que destruirá a sua própria medula, o paciente receberá uma medula sadia de um doador, que pode ser da sua própria medula, retiradas antes do tratamento e congelada para uso posterior, ou da medula de um terceiro, com compatibilidade necessária.

O procedimento de transplante da medula, em si, é rápido, como uma transfusão de sangue, e dura em média duas horas. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), essa nova medula transplantada é rica em células chamadas progenitoras, que uma vez na corrente sanguínea, circulam e vão se alojar na medula óssea, onde se desenvolvem.

Após o procedimento, o paciente fica internado no hospital, em regime de isolamento, para evitar episódios infecciosos e hemorragia. Isso acontece durante o período em que estas as células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade.

Confira a lista dos hospitais que realizam transplante de rins e medula óssea no Ceará:

- Rede pública

Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC-UFC)

Endereço: R.Capitão Francisco Pedro, 1290, Rodolfo Teófilo

Telefone: (85) 3366-8167

- Rede privada

Hospital Antonio Prudente

Endereço: Av. Aguanambi, 1827, Fátima

Telefone: (85) 4002-3633

Hospital Monte Klinikum

Endereço: Rua República do Líbano, 747, Meireles

Telefone: (85) 4012-0012

Unimed de Fortaleza

Endereço: Av. Visconde do Rio Branco, 4000, São João do Tauape

Telefone: (85) 3277-7000

Hospital Cura Dar´s - São Camilo

Endereço: Rua Nogueira Acioli, 453, Centro

Telefone: (85) 3464-7000

*Confira a lista completa, com todos os órgãos e estados do País, no site da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

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