MEC deve encerrar exame apontado como ‘pré-teste do Enem’, diz jornal

MEC deve encerrar exame apontado como ‘pré-teste do Enem’, diz jornal

Itens da prova foram decorados por um universitário e reproduzidos em curso de preparação para o Enem
Atualizado às Autor Penélope Menezes Tipo Notícia

O Prêmio Talento Universitário Capes, citado pelo universitário Edcley Teixeira como um “pré-teste” para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), deve ser encerrado pelo Ministério da Educação (MEC). Conforme o Estadão, a decisão teria acontecido após relatos de antecipação de questões similares.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) havia informado na terça-feira, 18, a intenção de anular três itens aplicados na prova. As questões faziam parte das áreas de ciências da natureza e matemática.

“O Enem utiliza a Teoria da Resposta ao Item (TRI) para apuração de seus resultados. A metodologia demanda que os itens sejam pré-testados. Os estudantes que participam de pré-testes têm contato com itens que podem vir a compor o Enem em alguma edição”, afirmou o Inep em nota.

O POVO entrou em contato com o MEC para confirmar as afirmações. O Ministério ressaltou que não teve um posicionamento oficial sobre o caso, e que as informações divulgadas são de apuração do Estadão.

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‘Pré-teste do Enem’? Entenda polêmica envolvendo a prova

Cinco dias antes do Enem, uma live realizada pelo estudante de Medicina Edcley, responsável por um curso preparatório para o exame nacional, havia apontado questões similares, baseadas em perguntas memorizadas na prova da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O Prêmio Capes tem o objetivo de reconhecer os estudantes que se destacam em sua área de estudo. Os mil concorrentes que alcançarem as maiores notas recebem R$ 5 mil.

“O Enem é ‘repetido’ e/ou reformulado. Basta usar engenharia reversa (estudo de provas anteriores) que você descobre as tendências. A minha monitoria é a única do País que oferece isso”, descreveu Edcley em seu perfil na rede social.

O caso é apurado pela Polícia Federal, que deve avaliar a conduta e autoria na divulgação das questões e garantir a responsabilização dos envolvidos por eventual quebra de confidencialidade ou ato de má-fé.

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