Sindicaju diz que governo federal não entende a urgência do setor
Cerca de 30% da produção da castanha de caju é destinada aos Estados Unidos
Para o CEO da Usibras Alimentos e presidente do Sindicaju, Guilherme Assis, o Plano Brasil Soberano ficou abaixo do esperado.
Segundo ele, o setor do caju aguardava medidas mais rápidas, urgentes e eficazes que, em conjunto com as ações anunciadas pelos estados, ajudassem a minimizar os impactos das sobretaxas dos Estados Unidos e a preservar empregos.
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“Aparentemente, o governo federal não compreende plenamente a gravidade do problema e seus efeitos sobre toda a cadeia produtiva da cajucultura às vésperas do início da safra”, avaliou Assis.
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A castanha de caju é um dos setores do Ceará que foi severamente impactado pela sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos. Cerca de 30% da produção são destinados aos Estados Unidos.
O presidente da Fiec, Ricardo Cavalcante, lembrou que houve um caso onde 20 contêineres de castanha para embarque foram devolvidos no porto no dia 6, porque a legislação americana entrou em vigor, gerando um prejuízo de milhares de dólares para a empresa.
Ele destacou que atualmente, o Ceará está na época da safra do caju, que é um período muito preocupante, uma vez que a produção nos próximos 90 a 120 dias é crucial para ter a castanha do ano todo.
Cavalcante mencionou uma possível falha na legislação dos Estados Unidos que citou "castanha do Pará" em vez de "castanha de caju", sendo a castanha de caju a principal exportação do Ceará nesse segmento (representando 10% das exportações totais). “Se houvesse essa correção, um setor já seria menos problemático”, comentou.