Tarifaço: Projeto para ajudar empresas do Ceará será votado com urgência na Alece

Tarifaço: Projeto para ajudar empresas do Ceará será votado com urgência na Alece

O governador do Estado, Elmano de Freitas, anunciou quatro medidas ainda nesta manhã; confira

O projeto de lei do Governo do Ceará, com soluções para reduzir os impactos do tarifaço nas empresas, deverá entrar em regime de urgência para ser votado ainda nesta quarta, 6, pela Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece).

O chefe do Executivo, Elmano de Freitas (PT), anunciou quatro medidas ainda nesta manhã. São elas: 

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  • Auxílio financeiro às empresas que exportam para os EUA
  • Compra de produtos dessas empresas para atender equipamentos do Governo do Ceará, como o Ceará Sem Fome e refeições escolares ou universitárias
  • Antecipação de pagamento de créditos
  • Aumento de incentivos fiscais, além da instalação do Comitê Estratégico para acompanhar a aplicação das medidas

Junto ao comunicado, o governador comentou que caso fossem necessárias outras ações, elas serão tomadas a partir da escuta dos setores econômicos cearenses.

Para discutir mais medidas, Elmano vai se reunir com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira, 7.

Entenda o tarifaço

As tarifas de 50% impostas sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos entrara em vigor nesta quarta, 6. Entre os produtos afetados com a sobretaxa estão café, frutas, pescados e carnes.

A medida, assinada na semana passada pelo presidente norte-americano Donald Trump, afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado estadunidense, o que representa 4% das exportações brasileiras. Cerca de 700 produtos do Brasil ficaram fora do tarifaço.

São eles: suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes, polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos.

O tarifaço imposto ao Brasil faz parte da nova política da Casa Branca, inaugurada por Donald Trump, de elevar as tarifas contra parceiros comerciais na tentativa de reverter à relativa perda de competitividade da economia americana para a China nas últimas décadas.

No dia 2 de abril, Trump iniciou a guerra comercial impondo barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, foi imposta, em abril, a taxa mais baixa, de 10%.

Porém, no início de julho, Trump elevou a tarifa para 50% contra o Brasil em retaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder o pleito de 2022.

Informações do repórter Guilherme Gonsalves e de
João Paulo Biage, correspondente do O POVO em Brasília

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