BNDES atuará com crédito e suporte a empresas frente a tarifas dos EUA
Presidente do banco citou atuação recente no Rio Grande do Sul e afirmou que o governo está coordenando resposta com foco em crédito e diálogo internacional
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, afirmou que a instituição está pronta para apoiar empresas brasileiras que possam ser impactadas pelas medidas tarifárias anunciadas pelo governo dos Estados Unidos.
“A economia brasileira vai resistir. O BNDES vai estar presente, vai apoiar, como nós fizemos recentemente no Rio Grande do Sul”, disse Mercadante, durante o ato em defesa da soberania nacional, realizado nesta quinta-feira, 25, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo.
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O presidente do BNDES relembrou a atuação do banco no socorro ao Rio Grande do Sul, após a tragédia ambiental que atingiu o estado neste ano. Segundo ele, o banco disponibilizou R$ 29 bilhões em crédito e medidas de apoio, como suspensão de pagamento de capital de giro e recursos para investimento e reconstrução. Mercadante destacou que a recuperação da economia local teve reflexos positivos nos indicadores nacionais: “O desemprego foi o menor da história, 4,1%, e o Brasil cresceu 3,4%”, afirmou.
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No contexto das possíveis sanções comerciais dos EUA, Mercadante ressaltou que o BNDES já possui informações sobre empresas e cadeias industriais que podem ser mais afetadas, e que o governo federal está coordenando a resposta por meio do Ministério da Fazenda e da Casa Civil.
Além do apoio financeiro, Mercadante defendeu a continuidade do diálogo internacional. “O país precisa trabalhar fortemente para manter o diálogo, para avançar nas negociações, e essa sempre foi a disposição do governo brasileiro. Mas, ao mesmo tempo, buscar novos mercados, diversificar a pauta de exportações aonde é possível”, completou.
Durante sua fala, ele também enfatizou a importância simbólica do ato realizado na USP: “É um momento importante para a democracia e para a economia também. O Brasil vive um momento de crescimento importante”, disse. “O Brasil defende a paz, a diplomacia, as instituições multilaterais. É isso que nós estamos defendendo na diplomacia internacional.”