Em 24 meses, Ceará estará apto para exportar carne bovina, diz entidade

Em evento na sede da Faec, em Fortaleza, presidente da entidade lança campanha "Ceará livre da febre aftosa sem vacinação" para incentivar crescimento do mercado interno no Estado e internacional

O Ceará estará apto para ter um mercado de abastaecimento interno e, também, exportar carne boniva em cerca de dois anos, segundo prospecção do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), Amílcar Silveira.

O prazo é equivalente à eliminação da febre aftosa sem vacinação no Estado, um desafio a ser vencido para comercialização do produto internacionalmente.

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O período no Estado será menor do que o que consta no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE PNEFA), estabelecido pelo Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), que é até 2026 para eliminação da febre aftosa sem vacinação em todo o Brasil.

Para pulverizar essa ação, a Faec, em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Ceará (Adagri), lançou na manhã desta segunda-feira, 25 de julho, a campanha “Ceará livre da febre aftosa sem vacinação”.

Com este reconhecimento, Amílcar acredita que o Estado ganhará novos mercados para poder comercializar o produto com maior valor agregado.

Apesar de não termos conhecimento de nenhum caso no Ceará, no passado o setor já teve problemas  com barreiras sanitárias.

Então querem, agora, dar um novo salto que depende da iniciativa privada ser livre sem vacinação para ter este reconhecimento.

Mercado interno e externo

"Surgiu a oportunidade nessas conversas de zona livre para a exportação, também exportarmos carne bovina, mas o nosso interesse no momento é atender o mercado do Ceará, principalmente a Região Metropolitana de Fortaleza, pois de três milhões de cabeças que temos, não existe nenhum frigorífico grande e bom. E a gente precisa se preparar para fazer isso", informa o presidente da Faec.

Ele considera que, basicamente, hoje, não existe pecuária de corte no Estado. A ideia é que no futuro aconteça a atração de grandes investidores para cá.

"As áreas que existem em outros estados, como sul da Bahia e no Mato Grosso, estão muito caras e as nossas na comparação são baratas. Aqui é um atrativo. Estamos dando o primeiro passo", declara.

A carne bovina no País varia entre quarta e quinta posição de produtos do agronegócio mais exportados do Brasil e o Ceará não participa deste mercado.

"Estamos preparando o Ceará para ser uma fronteira agrícola. E nós temos algumas tarefas a fazer, inclusive os produtores rurais e essa é uma das tarefas", analisa Amílcar.

Hoje, a carne consumida no Estado vem do Norte, especialmente do Maranhão e do Pará. O consumo per capita é de 36 quilos por habitantes e esse é o desejo de mercado do presidente da Faec.

O segundo passo, após atender o Ceará é a exportação internacional para diversos locais compradores no mundo.

"Eu acho que a União Europeia colocou essa barreira exatamente para prejudicar, pois tem medo do Brasil avançar no mercado internacional. O Brasil é o maior importador do mundo de carne, mas no Nordeste basicamente ninguém exporta por conta dessas barreiras sanitárias.

Agricultura

Em relação à agricultura Amilcar considera que o momento é bem oportuno, sem a crise hídrica. "Esse ano o agronegócio vai crescer bastante. A nossa expectativa é que alguns setores em dois dígitos. Entre os gargamos estão a burocracia aqui no Estado", finaliza Amílcar.

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