Maior inadimplência e mais furtos de energia como consequência da alta na conta de luz no Ceará, prevê Conselho de Consumidores

Diante da alegação, o diretor de regulação da Enel no Brasil, Luiz Gazulha, pontua que apenas em 2021 foram investidos R$ 1 bilhão em melhorias, modernização e manutenção da infraestrutura da Enel no Ceará

O Conselho de Consumidores da Enel participou da reunião que culminou na aprovação pela Aneel do aumento nas tarifas do Ceará em até 25,12% e destacou que devido o patamar elevado da cobrança, espera uma maior inclinação da sociedade em práticas como o furto de energia e pontua ainda um aumento da inadimplência, especialmente diante da insatisfação dos consumidores com os serviços prestados. 

Diante da alegação, o diretor de regulação da Enel no Brasil, Luiz Gazulha, pontua que apenas em 2021 foram investidos R$ 1 bilhão em melhorias, modernização e manutenção da infraestrutura da empresa no Ceará, bem como dos serviços operacionalizados por ela.

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

O porta-voz da empresa alega redução de 18% na frequência de interrupções no fornecimento de energia elétrica e redução de 25% no tempo que os cearenses ficaram sem energia. O executivo diz ainda confiar na qualidade e competência do serviço prestado pela Enel e avalia como positivo as ações de melhorias aplicadas pela companhia.

"O furto de energia é uma questão sociocultural delicada, mas também é um crime, e nós, de forma alguma, esperamos que isso aumente. Acreditamos e confiamos nos nossos clientes cearenses. E, com relação ao aumento da inadimplência, isso poderá sim ocorrer, mas com a saída da bandeira tarifária, o consumidor nem vai perceber o aumento, ficará praticamente no mesmo patamar que ele paga atualmente, então esperamos que isso não ocorra de forma significativa", detalha. 

Enel salta 31 posições e se torna a 8ª empresa com tarifa mais cara do Brasil

Antes do aumento aprovado nesta terça-feira, 19 de abril, a tarifa cobrada pela Enel Ceará representava a 39ª mais cara do Brasil com relação ao valor cobrado para imóveis residenciais com baixa demanda por energia.

Com o reajuste anual, a tarifa aplicada na conta de luz dos cearenses saltou 31 posições, saindo de R$ 588,8 por megawatts (MW) a cada hora, para R$ 731,6 na mesma medida. Valores representam R$ 0,73 por cada quilowatts (KW) consumido por hora no Estado.

Diante do exposto, após ser questionado pelo O POVO, Luiz é categórico: "os números são o que são, conforme foram expostos, mas devemos considerar que ainda estamos em abril e muitas distribuidoras ainda não tiveram suas tarifas reajustadas".

O representante da Enel argumenta que o ranking é um elemento extremamente dinâmico e que é alterado conforme as novas tarifas são aprovadas. "No fim do ano poderemos ter uma avaliação mais assertiva de como está o ranking e o que os números representam, no momento, ainda não podemos fazer uma análise", finaliza. 

Veja saídas para economizar na conta de energia | Dei Valor

 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar