IDV: varejo espera crescer até 10,6% entre março e maio
As projeções são uma contrapartida ao resultado negativo de fevereiro, quando houve queda de 1,1% no volume real de vendas, descontada a inflação e sempre em comparação com o respectivo período do ano passado. Além do número menor de dias, o resultado negativo de fevereiro foi afetado, em grande parte, pelo desempenho da categoria de bens não duráveis, que teve contração de 3,5%. Da mesma forma, o indicador no conceito mesmas lojas registrou queda de 7,27% na comparação com fevereiro de 2012.
O varejo de bens não duráveis prevê forte retomada, com alta de 14,1% em março frente o mesmo mês do ano anterior. Para abril e maio, os associados também estimam taxas de dois dígitos, com crescimento de 15,4% e 12%, respectivamente. É importante lembrar que o desempenho desta categoria tem o maior peso nas medições do IAV-IDV, bem como do IBGE, e contribui historicamente entre 40% e 50% de participação no índice da Pesquisa Mensal do Comércio calculado por este órgão do governo.
O setor de bens semiduráveis (como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos), por sua vez, foi o grupo com melhor performance em fevereiro, com crescimento de 1,7%, e também tem previsão de um bom desempenho a partir de março, com expansão partindo de 8,2% até 11% em maio.
Apesar do retorno gradual das alíquotas originais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para a linha branca e móveis, até junho de 2013, o varejo de bens duráveis prevê taxas de crescimento expressivas, com 4,9% em março, 9,1% em abril e 5,6% em maio.
De acordo com o presidente do IDV, Flávio Rocha, apesar da desaceleração no ritmo de crescimento das vendas no varejo nos dois primeiros meses do ano, é de se esperar que o melhor desempenho da economia brasileira projetado para 2013 estimule a atividade varejista.