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Consumo de gás natural no País cresce 56,8% em janeiro

12:27 | 05/03/2013
Impulsionado pela forte demanda das termelétricas, acionadas a plena capacidade para recuperar o nível dos reservatórios das hidrelétricas, o consumo de gás natural no Brasil somou 70,05 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d) em janeiro de 2013, aumento de 56,8% frente aos 44,66 milhões de m3/d apurados em igual mês de 2012. Apesar disso, os dados divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) mostram uma queda na demanda dos principais mercados, como o industrial, o residencial, o automotivo e o de cogeração.

Segundo as informações da entidade, o consumo térmico de gás cresceu significativamente em janeiro de 2013 frente a igual mês de 2012, de 6,29 milhões de m3/d para 29,58 milhões de m3/d. Em função do nível baixo dos reservatórios das hidrelétricas no início de 2013, o menor dos últimos 12 anos, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determinou o acionamento de todas as termelétricas disponíveis para garantir o abastecimento de energia elétrica. Para viabilizar a operação dessas usinas, a Petrobras tem recorrido à importação de gás natural liquefeito (GNL) no mercado internacional a preços bastante elevados.

A linha "outros" do consumo de gás também foi bastante influenciada pela demanda térmica. Essa linha inclui, na classificação da Abegás, o "serviço de distribuição", que é o fornecimento de gás só remunerado pelos serviços de operação e manutenção da rede, sem o faturamento do insumo. A associação explicou que duas térmicas estão nessa situação: William Arjona (MS), da Tractebel, e Araucária (PR), da Petrobras, que usam as redes da MSGás e Compagás, respectivamente, para receber o insumo. Por causa disso, a linha "outros" teve alta de 1769% no período, passando de 207,3 mil m3/d para 3,874 milhões de m3/d.

Em contrapartida, a Abegás reportou redução de 2,53% no consumo de gás pela indústria no mesmo período de comparação, para 27,22 milhões de m3/d. A associação também informou que o segmento de cogeração, cuja dinâmica também está relacionada ao desempenho das indústrias, teve queda de 18,7% no intervalo, para 2,40 milhões de m3/d. Outro mercado de grande volume que teve retração foi o do gás natural veicular (GNV), cujas vendas caíram 5,23%, para 4,90 milhões de m3/d.

As distribuidoras estaduais também apuraram queda de 7,64% no consumo de gás residencial, para 655 mil m3/d. Contudo, a demanda pelo insumo no segmento comercial teve ligeira alta de 1,4%, para 655,1 mil m3/d. O consumo de gás natural como matéria-prima, usado em segmentos como petroquímico e fertilizantes, teve aumento de 2,03%, para 763 mil m3/d.

Entre os Estados, o Rio de Janeiro liderou o consumo de gás, com um volume de 23,23 milhões de m3/d. Em seguida veio São Paulo, com uma demanda de 17,43 milhões de m3/d. Em terceiro lugar veio a Bahia, com 4,3 milhões de m3/d, seguida por Minas Gerais, com 4,23 milhões de m3/d, e Pernambuco, com 3,19 milhões de m3/d.

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