Fóssil encontrado há 20 anos em fazenda de fundador da CNN recebe nome

O "Sierraceratops turneri" foi encontrado em uma fazenda de Ted Turner, fundador da emissora estadunidense CNN. Segundo pesquisadores, o animal era vivo há cerca de 72 milhões de anos e é um "parente perdido" do tricerátops

“Sierraceratops turneri”. Este é o nome de uma nova espécie de dinossauro, definida junto de uma análise de um fóssil encontrado há duas décadas em uma fazenda de Ted Turner, co-fundador da emissora estadunidense CNN. Em artigo publicado no jornal “Cretaceous Research”, os pesquisadores responsáveis pela averiguação explicaram que o animal era vivo há cerca de 72 milhões de anos e é um “parente perdido” do tricerátops.

Três elementos foram considerados na decisão do nome da espécie: o primeiro destaca o local onde o fóssil foi encontrado — no condado de Sierra, no Novo México, Estados Unidos —; o segundo usa o sufixo “ceratops”, referência ao grupo que a nova espécie pertence; e o terceiro, “turneri” é uma homenagem a Turner. Os cientistas integram o Museu de Ciências e História Natural do Novo México; um deles é da Universidade de Bach, na Inglaterra.

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Fóssil encontrado: diferenças físicas indicaram a nova espécie

O fóssil encontrado na fazenda de Turner era composto pela maior parte do crânio do animal e uma parte do esqueleto. Inicialmente, os cientistas acreditavam tratar-se de um torossauro (parecido com o tricerátops, embora menor), mas as análises periódicas indicaram diferenças, concluindo que o fóssil pertencia a uma espécie não identificada anteriormente.

As diferenças notadas incluem chifres menores e mais evidentes e um osso que proporcionava suporte ao pescoço do dinossauro. O sierracerátops era menor em comparação com seus primos distantes; a espécie portava 4,5 metros de comprimento. Assim como os tricerátops, eram quadrúpedes herbívoros que comiam vegetação rasteira. Além de diferente, o sierracerátops veio antes de seu “parente distante”, cerca de seis milhões de anos antes, no começo do fim do período cretáceo.

Comparação entre sierraceratops e outras espécies de dinossauros, feita por pesquisador envolvido na análise da nova espécie; o sierracerátops portava 4,5 metros de comprimento
Comparação entre sierraceratops e outras espécies de dinossauros, feita por pesquisador envolvido na análise da nova espécie; o sierracerátops portava 4,5 metros de comprimento (Foto: Reprodução/Nick Longrich)

Paleontólogos têm acessado novas áreas de pesquisa

A descoberta do sierracerátops em uma fazenda reflete o recente afastamento de paleontólogos dos parques e sítios arqueológicos, mais conhecidos pela presença de fósseis. Esses profissionais têm buscado novas áreas de pesquisa, consequentemente descobrindo outras espécies. Em setembro deste ano, por exemplo, três novas espécies de dinossauros foram descobertas no Reino Unido e na África.

Nick Longrich, um dos responsáveis pelo estudo sobre o sierracerátops, associou essas descobertas às adaptações experimentadas por esses animais quando andavam sobre a Terra. “Na verdade, não são as mesmas espécies vivendo em vários locais. Diferentes espécies provavelmente se adaptaram aos climas locais, plantas, predadores e doenças, o que lhes conferia uma vantagem em relação a invasores que viessem de fora”, disse.

Com informações de Olhar Digital

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