Peso do cometa 3I/ATLAS faz professor de Harvard reforçar teoria alienígena

Avi Loeb sustenta a teoria de que o 3I/Atlas seria uma nave alienígena e não um cometa; confira o que escreveu sobre o objeto interestelar

23:45 | Nov. 12, 2025

Por: Júlia Honorato
Professor de Harvard diz que cometa 3I/ATLAS pode ser nave (foto: Divulgação/Noir Lab)

Novas descobertas e pesquisas sobre o cometa 3I Atlas movimentam a sociedade astrônoma desde a sua identificação como o terceiro objeto interestelar da história.

Um dos mistérios que envolviam o objeto era sobre o seu tamanho real. Até agosto deste ano, pesquisas apontavam que seu diâmetro estava entre 400 metros e 5,6 quilômetros.

Os dados foram coletados por telescópios de alta resolução, como o Hubble e o James Webb, que captou o cometa em julho deste ano pela primeira vez.

Em questão de peso, eram estimados cerca de 33 bilhões de toneladas. Entretanto, para o astrofísico e professor de Harvard, Avi Loeb, pesa quase duas vezes mais, com mais de 50 bilhões de toneladas.

Embora a Nasa tenha explicado que o cometa está apenas de passagem pela Via Láctea e segue um caminho contínuo, o estudioso acredita que suas descrições seriam melhor explicadas se fosse uma nave alienígena.

Para Loeb, seu tamanho é grande demais, assim como suas características, consideradas “incomuns” para um objeto natural. As informações são do seu blog.

Por outro lado, as últimas descobertas do 3I/Atlas, como o sinal de rádio vindo dele, mostram que as suas métricas e movimentação estão dentro do esperado para um cometa.


Tamanho do 3I/Atlas: o que disse o astrofísico de Harvard?

O astrofísico israelita-americano Avi Loeb é conhecido por liderar o Projeto Galileo, da Universidade de Harvard, que busca por evidências extraterrestres na identificação de objetos interestelares.

No momento de pesquisa deste novo destaque e mistério astronômico, Loeb tem levantado algumas teorias que contradizem o que foi levantado por outros estudiosos, como que realmente é o 3I/Atlas.

Em seu blog no Medium, apontou uma estimação ainda maior para o cometa. “A massa estimada de mais de 50 bilhões de toneladas é pelo menos um milhão de vezes maior que a do 1I/Oumuamua (primeiro objeto interestelar identificado)", escreveu.

Além disso, apontou que seus jatos, que seriam da camada que envolve o objeto, são propulsores tecnológicos, insistindo na ideia de ser uma nave espacial.

Segundo Loeb, a velocidade do cometa é explicada por uma existência de propulsores iônicos, que impulsionam a sua rapidez.

A tecnologia alienígena pode empregar propulsores com velocidades ainda maiores, reduzindo a perda de massa necessária em mais de duas ordens de magnitude e tornando o combustível necessário menos de 1% da massa da espaçonave”, explica.

Cometa 3I/Atlas: qual é a posição dos cientistas em relação às teorias

O cometa, descoberto em julho de 2025 por um telescópio chileno, está sendo estudado por especialistas da astronomia do mundo todo.

Recentemente, foram detectadas ondas de rádio vindas do 3I/Atlas pelo radiotelescópio sul africano MeerKAT. Esta atividade foi identificada pela primeira vez em um objeto interestelar.

A observação feita em outubro deste ano permitiu apontar a presença de gelo no núcleo do cometa, o que indica a sua vinda de uma região extremamente fria da Via Láctea.

Por isso, Avi Loeb rebateu, em seu blog, que “não há material rochoso suficiente no espaço interestelar para acomodar a chegada de uma rocha gelada tão gigante ao sistema solar interno durante nosso período de pesquisa de uma década”.

Quando a informação sobre as ondas foi publicada no The Astronomer’s Telegram, foi explicado que o seu comportamento, velocidade e a própria identificação do sinal de rádio estavam dentro do esperado. Isto faz com que o ponto do astrofísico seja contradito.

Sobre o tamanho do objeto, ainda não há um número exato ou peso, apenas especulações de estudos.

Novas informações sobre frequências do cometa 3I/Atlas poderão ser descobertas quando se aproximar de Júpiter em março de 2026. A coleta será feita, ou tentada, com a sonda Juno, da Nasa, localizada na órbita do planeta.