Mamutes de volta? Empresa cria rato com genes de animais extintos
Cientistas da Colossal Biosciences realizaram um camundongo geneticamente modificado como parte do ambicioso projeto de recriação do mamute-lanoso
A empresa norte-americana Colossal Biosciences, especializada na retomada de espécies extintas, anunciou a criação de um “camundongo lanoso” — um camundongo de laboratório submetido a modificações genéticas que resultaram em uma pelagem densa e lanosa.
Os pesquisadores afirmam que esse experimento representa o primeiro passo para a possível “desextinção” do mamute-lanoso. Os genomas dos camundongos foram editados em vários pontos para alterar a pelagem, tornando-a mais longa, encaracolada e dourada, em comparação com os camundongos de laboratório convencionais.
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Além disso, alguns dos camundongos sofreram alterações em um gene relacionado ao metabolismo de ácidos graxos, o que pode afetar a forma como armazenam gordura — uma característica essencial que diferenciava os mamutes dos elefantes asiáticos.
Recriação de espécies extintas: o que foi geneticamente modificado?
Os mamutes-lanosos foram elefantes adaptados ao frio e desapareceram da Sibéria continental no final da última Era Glacial, há cerca de 10 mil anos. A última população conhecida sobreviveu até aproximadamente 4 mil anos na Ilha Wrangel, no Oceano Ártico.
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Por outro lado, o camundongo doméstico (Mus musculus) é uma espécie amplamente conhecida, frequentemente encontrada em ambientes urbanos.
Além disso, é um dos organismos mais treinados na biologia e na pesquisa médica, sendo possivelmente os mamíferos mais bem compreendidos depois dos humanos.
Detalhes da pesquisa e modificações genéticas
A empresa apresentou suas descobertas em um artigo científico, que ainda não foi revisado por pares. Segundo a publicação, os pesquisadores interromperam a função normal de sete genes diferentes nos camundongos de laboratório por meio de edição genética.
Ao modificar esses genes, foram produzidos camundongos com diferentes tipos de pelo.
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Seis desses genes foram escolhidos porque estudos anteriores em modelos de camundongos já revelaram sua influência em características da pelagem, como cor, textura e espessura.
Recriação de espécies extintas: qual o objetivo?
Os pesquisadores da Colossal afirmam em seus relatórios que o objetivo final não é recriar um mamute-lanoso em larga escala.
Em vez disso, a equipe busca o que chama de “desextinção funcional” — ou seja, criar um elefante com características semelhantes às do mamute, capaz de sobreviver em um ambiente semelhante ao do animal extinto e, potencialmente, desempenhar o mesmo papel ecológico que ele teve no passado.