Erupção do Vesúvio formou vidro a partir de cérebro humano; entenda

Erupção do Vesúvio formou vidro a partir de cérebro humano; entenda

A formação preta e vítrea foi descoberta no crânio de uma das vítimas da erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C.; entenda origem do vidro orgânico

Uma formação única de vidro orgânico, encontrada dentro do crânio de um corpo humano aparentemente masculino, morto durante a erupção do Monte Vesúvio, foi tema de pesquisa. A publicação foi compartilhada na quinta-feira, 27, no periódico Scientific Reports.

A descoberta, indicada como “a única ocorrência desse tipo na Terra”, revelou que o material se formou “por um processo único de vitrificação” do cérebro em temperatura “bem acima de 510 ºC". O resultado foi a sua preservação e a de microestruturas.

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A erupção mais famosa associada ao Monte Vesúvio aconteceu em 79 d.C. e destruiu diversas cidades e assentamentos romanos, como Pompeia e Herculano. A população local foi sepultada sob depósitos de fluxo piroclástico quente, o que explicaria o processo de vitrificação encontrado.

As implicações da análise calorimétrica também apontam a possibilidade de exposição do corpo “à passagem e desaparecimento de um fluxo piroclástico de curta duração, diluído e muito mais quente”.

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Erupção formou vidro a partir de cérebro humano: entenda pesquisa

A estrutura vítrea encontrada pertence a uma das vítimas da erupção. De acordo com a pesquisa, o corpo era de “um jovem do sexo masculino de cerca de 20 anos”, que aparece deitado em sua cama dentro do Collegium Augustalium, um edifício público dedicado ao Imperador Augusto.

“Os remanescentes no crânio são comprovadamente orgânicos e cérebro humano devido à preservação de proteínas comuns no tecido cerebral humano e ácidos graxos típicos de triglicerídeos cerebrais humanos e gordura capilar humana”, explica o estudo.

Por outro lado, a natureza vítrea foi associada devido à “aparência preta e brilhante, semelhante à obsidiana”, do material. “Uma origem inequívoca como um vidro orgânico ainda não foi demonstrada, nem as condições em que tal processo pode ter ocorrido”, destaca o conteúdo.

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“Dos aproximadamente 2.000 corpos desenterrados em todos os sítios arqueológicos da área do Vesúvio, os restos aparentemente vitrificados de cérebro e medula espinhal encontrados no Collegium Augustalium são a única ocorrência deste tipo”, acrescenta.

O material analisado consistiu em “fragmentos coletados do crânio e da medula espinhal” do esqueleto enterrado.

As taxas de resfriamento rápidas, associadas ao processo, podem implicar que o cérebro, “embora não totalmente destruído durante o aquecimento, provavelmente foi severamente danificado e desagregado em pequenos pedaços subcentimétricos - como foram encontrados”.

O “único cenário possível” apontado seria o de “uma passagem transitória de curta duração de uma onda de nuvem de cinzas muito diluída e destacada com temperatura interna bem acima de 510 °C”.

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