Iniciadas em 2018, obras de hospital em Juazeiro seguem atrasadas

Devido à demora na entrega, os serviços de saúde têm sido prestados uma unidade provisória; segundo denúncias, novo local teria problemas de estrutura

Com o mais recente prazo de entrega para 2021, as obras do Hospital Infantil Maria Amélia Bezerra, em Juazeiro do Norte, município a 489 km de Fortaleza, seguem atrasadas. Devido à demora na entrega da obra, iniciada em 2018, os atendimentos de saúde têm sido realizados em uma sede provisória, que também é alvo de reclamações dos moradores.

A conclusão da obra foi uma das cobranças realizadas pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) em reunião realizada com a titular da Secretaria de Saúde do município (Sesau), Andreia Landim, na última quarta-feira, 13.

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Segundo Landim, a entrega vem sendo adiada desde o primeiro prazo de entrega, em 2019, devido à falta de repasses de verba da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (Sesa).

“A parte da Prefeitura já vinha sendo definida. A parte de medições, a parte toda da construção, até chegar ao ponto em que chegamos, com quase a obra definida, só que faltando algum repasse do Estado para que a gente consiga concluir essa questão da obra”, disse a secretária em entrevista ao O POVO.

Procurada pelo O POVO, a Sesa informou que recebeu uma notificação no MPCE e que responderá ao órgão sobre a demanda.

Durante os últimos cinco anos, desde o fechamento do Maria Amélia, os atendimentos vêm sendo realizados de forma provisória no Hospital Infantil Estephânia Rocha Lima, também em Juazeiro.

No entanto, de acordo com o MPCE, o local enfrenta problemas de infraestrutura, falta de equipamentos e baixa acessibilidade para Pessoas Com Deficiência (PCDs).

Questionada sobre os problemas da unidade, Andreia Landim confirmou que o novo ponto de atendimento passa por dificuldades e afirmou que adaptações vêm sendo realizadas para amenizar a situação.

“Lá realmente a questão estrutural é um problema desde a fundação. A gente sabe que lá tem problema de elevador, tem problema de escada, tem problema de várias coisas. Mas infelizmente a gente teve que fazer algumas adaptações e a gente sabe que não é o adequado”, explica Andrea, afirmando que novos móveis, sistemas de ar-condicionado e profissionais de enfermagem foram designados à unidade.

Para tentar resolver todos esses impasses, uma reunião está marcada para a próxima terça-feira, 19, entre as Secretarias Municipal e Estadual de Saúde, a Vigilância Sanitária Estadual e a Superintendência Regional de Saúde.

Cobranças vão além da entrega de hospital


Além da entrega do hospital, outros pontos foram questionados pelo MPCE na reunião de quarta-feira sobre a descentralização da marcação de exames e consultas em Juazeiro do Norte. O serviço, que era realizado apenas em um prédio da cidade, vem sendo feito pelos moradores em cada posto de saúde, desde o dia 1° de dezembro, de acordo com a Sesa.

Em meio ao crescimento no número de casos de Covid-19, a pasta também foi demandada para avanços no índice de imunização dos moradores. Segundo dados do IntegraSus, plataforma que registra os dados de vacinação no Ceará, apenas 34.294 pessoas tomaram a dose bivalente em Juazeiro entre fevereiro e novembro deste ano, ou seja, 15% da meta total de 227.436 moradores.

“Desde a semana passada a gente está em campanha. Lembrando aqui que o pessoal tem que fazer a questão da Covid, do problema das vacinas, que o pessoal ainda não se vacinou e o pessoal que se vacinou, tem que fazer o seu reforço”, informa Landim.

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