Núcleo discute criação de canais para denúncias de casos de racismo em Juazeiro do Norte

Iniciativa parte da preocupação com o alto número de casos de racismo registrados no município

Com o objetivo de melhor articular o combate ao racismo, o Núcleo de Educação para Promoção de Igualdade Racial (Nepir), em Juazeiro do Norte, está promovendo a criação de canais de denúncias para esses casos. De acordo com a gerência do Núcleo, a necessidade de implementação do serviço se dá pelo alto número de casos de racismo registrados pelo município, em especial, voltados ao racismo religioso.

Em entrevista ao repórter Yago Pontes, da rádio O POVO CBN Cariri, a gerente do Nepir, Stephanie Matos, deu mais detalhes sobre como essas denúncias são recebidas.

“Esse Núcleo surgiu por conta dos casos gritantes de racismo no município, daí tivemos a necessidade de abordar essa temática, não só a do racismo religioso como de outros tipos de racismo. Hoje, o Nepir recebe uma imensidão de casos de racismo em vários ambientes e principalmente com a população negra e de terreiro, em serviços da educação como escolas, nos comércios, em serviços de saúde, de Justiça e etc”, detalha a gerente.

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Ainda segundo Stephanie, a necessidade de criação do Nepir se deu pela ausência de órgãos eficazes no trato com esses casos de racismo no município de Juazeiro do Norte. Com o núcleo, pode-se oferecer apoio em diversas frentes.

“Como não existe um local especializado aqui no município para atender a essa demanda, como uma delegacia de crimes de intolerância religiosa, de racismo, de orientação sexual e de identidade de gênero, como tem em Fortaleza. Nós, do Nepir, pensamos em reunir entidades e serviços para estruturar um fluxo de denúncias que pudesse ser mais eficiente e rápido no acolhimento à vítima, que tivesse qualidade”, diz a gerente.

“Nós pensamos em reunir setores da assistência da Saúde, da Educação, da Justiça, da Segurança Pública e dos movimentos sociais, para planejar esses detalhes do funcionamento de todo esse fluxo de denúncias”, continua.

De acordo com a gerente do Nepir, Stephanie Matos, uma data ainda será estipulada para abertura desses canais e será divulgada à população.

Com isso, a vítima poderá receber acolhimento psicológico do Nepir e o devido encaminhamento em casos que estiverem no fluxo de denúncias, passando para outros equipamentos sócio-assistenciais da Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho (Sedest), como o Creas e os Cras. 

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