Com lei municipal sancionada no início deste ano, Jati é a primeira cidade do Ceará a distribuir absorventes

Cerca de 250 mulheres em situação de pobreza e extrema pobreza serão beneficiadas

A prefeitura do município de Jati aprovou uma lei em maio deste ano que prevê a distribuição de absorventes a mulheres em situação de pobreza e extrema pobreza. A cidade, que possui cerca de oito mil habitantes, pretende beneficiar 250 mulheres em combate à pobreza menstrual.

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O público-alvo deve receber um pacote de absorvente por mês em postos de saúde e nas cinco escolas do município.

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A lei se assemelha à vetada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que também previa a distribuição de absorventes para pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade.

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Em entrevista à rádio CBN Cariri, a prefeita de Jati, Mônica Mariano (PSD), comentou que, durante uma reunião, as autoridades perceberam uma realidade local muito feminina. “Aqui em Jati, dos sete diretores [de escolas] que temos, apenas um é homem”, afirma.

Ela continuou falando que o investimento mensal é de R$ 1.500, com possibilidade de aumento de acordo com a demanda, pois as mulheres precisam fazer um cadastro, em escolas e postos de saúde, para receber o pacote.

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Durante a votação do projeto, a prefeita fez questão de comparecer à Câmara Municipal para explicar a importância da ação. Com maioria masculina, a Casa sugeriu que um crédito para comprar os absorventes fosse disponibilizado às mulheres, mas a prefeita argumentou que entregar o produto físico seria a melhor opção, pois o crédito poderia ser utilizado para outras coisas e a pobreza menstrual continuaria.

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“As mulheres precisam ir buscar. Temos que parar de tratar esse assunto como um tabu. Precisamos diminuir a evasão escolar de meninas que param de ir para a escola porque não têm absorventes, e esse é um assunto de saúde pública”, finalizou.


Outubro é o quarto mês de distribuição de absorventes no município.

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