Empresário apontado como "02 do CV" no município de Icó é preso em operação

Empresário apontado como "02 do CV" no município de Icó é preso em operação

Ladislau Neto é suspeito de ordenar homicídios, prestar apoio material aos integrantes da facção, auxiliar em fugas e emitir ‘salves’ dentro da facção. O suspeito também possui estabelecimentos comerciais, como farmácias, além de possuir imóveis alugados, parque de vaquejada e campo society

Um empresário, identificado como Ladislau Neto, conhecido popularmente como "Lau Neto", e apontado como “02 do Comando Vermelho (CV)” no município de Icó, a 383,11 quilômetros de Fortaleza, foi preso pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) nesta terça-feira, 24.

O homem é suspeito de ordenar homicídios, prestar apoio material aos integrantes da facção, auxiliar em fugas e emitir ‘salves’ dentro da organização criminosa que atua na cidade.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

A captura aconteceu por meio da operação “Apófis”, da PC-CE, que prendeu 23 pessoas de três facções criminosas com atuação no Estado, sendo 21 por força de mandado judicial. Desse total, 11 estavam no sistema prisional e o restante em liberdade.

LEIA MAIS | Alvo de operação no RJ é preso ao chegar em Santa Quitéria

Outras duas pessoas, com idades de 27 e 54 anos, foram em flagrante por posse ou porte ilegal de arma de fogo. As prisões dos 23 criminosos aconteceram nos municípios de Icó, Iguatu, Juazeiro do Norte, Horizonte, Maracanaú e Fortaleza.

O POVO apurou que, no município, o empresário é apontado como proprietário de estabelecimentos comerciais com atuação há anos na região, entre farmácias, supermercados, imóveis alugados, parque de vaquejada e campo society. Ele também é investigado por homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI-Sul), delegado Pedro Viana, os alvos são investigados há, pelo menos, um ano. “No ano passado, mais ou menos no mês de maio, houve um homicídio no Icó. Nós passamos a ajudar a delegacia local na investigação e descobrimos toda uma rede criminosa”, disse.

Ainda segundo o delegado, os criminosos são suspeitos de envolvimento em organização criminosa, na prática de homicídios, exploração do jogo do bicho, tráfico de drogas e de armas e extorsões. Pelo menos 14 homicídios teriam sido praticados entre os alvos da operação. Os crimes teriam acontecido tanto em Icó como nas cidades de Milagres e Jaguaribe.

A operação buscou cumprir 49 mandados, sendo 31 de prisão e 18 de busca e apreensão. Ao todo, 21 mandados de prisão foram cumpridos, sendo que duas pessoas foram presas em flagrante e dez seguem foragidas.

LEIA MAIS | Saiba quem é Doze, traficante do CE que foi o principal alvo de operação na Rocinha

Todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Foram apreendidos 24 armas de fogo, quatro simulacros, 1.432 munições, 23 celulares, dois notebooks e R$ 12,4 mil em dinheiro.

O delegado Pedro Viana afirmou que, durante as investigações, criminosos da facção com atuação em Icó chegaram a forjar um roubo a uma loja.

“Nós descobrimos um roubo que eles simularam lá no Icó, furto uma loja de armas. Levaram oito armas. O roubo junto com o filho do proprietário que estava envolvido com eles”, disse. Outro caso, os criminosos chegaram a roubar uma loja de joias e levaram R$ 20 mil.

Alvos da GDE e PCC capturados em operação

Durante as investigações, os policiais chegaram a outros alvos de outras organizações criminosas. Ao todo, foram presos 14 integrantes do Comando Vermelho, seis da Guardiões do Estado (GDE) e um do Primeiro Comando da Capital (PCC). Em relação aos mandados de prisão, 24 foram para alvos do CV, seis para GDE e um para PCC.

Ao todo, 87 policiais civis participaram dos trabalhos policiais. Além de policiais do Departamento de Polícia do Interior Sul (Dpis), a operação contou com agentes pertencentes aos Departamentos de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Inteligência Policial (DIP), de Polícia da Capital DPC, de Polícia da Região Metropolitana (DPM),

Também participaram das ações equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core). O delegado Pedro Viana explicou que o nome da operação refere-se a uma figura da mitologia egípcia antiga, uma serpente gigante que personifica o caos, a escuridão e a desordem.

 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar