Prefeito de Choró e ex-presidente da Câmara são alvos de operação que investiga obra em hospital

Crimes teriam acontecido durante a reforma do hospital do município

O prefeito do município de Choró, Marcondes Jucá (PL), um ex-presidente da Câmara Municipal, que não teve o nome informado, e um engenheiro, foram alvo de busca e apreensão nessa terça-feira, 6. A operação, realizada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), investiga supostas fraudes na reforma do Hospital e Maternidade Padre José Bezerra Filho.

De acordo com o MPCE, há suspeitas de crimes contra a administração pública como fraudes em licitação, uso de documentos falsos e falsidade ideológica durante a execução da obra.

Nove mandados foram cumpridos pelo Ministério Público, por meio da Procuradoria de Justiça de Crimes contra a Administração Pública (Procap), em parceria com a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE). Foram apreendidos celulares, HDs de notebooks e documentos encontrados nas residências dos agentes públicos e do engenheiro, além das sedes de duas empresas do ramo da construção civil e da Prefeitura de Choró.

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A operação foi intitulada como “Sub Mensure” do latim “Sob Medida” devido às possíveis irregularidades nas medições da obra. Segundo o MPCE eram informadas medições para além do que foi executado e o pagamento era realizado a partir daqueles dados.

Em vídeo, o prefeito disse estar com a "consciência tranquila" já que a obra teve início antes de seu mandato, que começou em 2017. O celular do mandatário foi levado na operação, mas, segundo ele, a expectativa é que no dia seguinte já seria devolvido. "Durante sete anos, eu não tenho nenhuma prestação de conta do meu governo que tenha algum item que o prefeito de Choró (teria) desvio dinheiro", disse.

"O objetivo dessa operação foi buscar um processo de licitação do ano de 2015 referente à reforma do hospital que não era do meu mandato. A licitação da contratação que a Procap está investigando não ocorreu na minha gestão que só começou em 2017", afirmou.

O gestor afirmou que as conversas com o empresários foram motivadas para cobrar o andamento das intervenções na unidade de saúde. "O responsável pela empresa contratada para executar a obra era Ivan Construção e eu tinha que cobrar o andamento da obra cobrar agilidade por isso que existe que existe conversas entre mim e o Ivan Construção", justificou ainda.

Segundo o prefeito, o valor que não foi utilizado na obras foi devolvido ao Governo estadual e o comprovante já foi enviado os Ministério Público como prova da transparência. "A finalização da obra aconteceu no ano de 2018 já na minha gestão e todo o valor do convênio que não foi utilizado foi devolvido ao Governo do Estado sendo entregue a Procap o comprovante", ressaltou. 

Colaborou a repórter Júlia Duarte


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