Suspeito de mortes de policial e analista judiciário, no Ceará, é preso no Piauí

Adeilson do Amaral Sousa, conhecido como "Kiko", foi preso mediante cumprimento de mandado de prisão

A Polícia Civil do Ceará (PC-CE) informou ter elucidado as mortes de um inspetor e de um analista judiciário. Adeilson do Amaral de Sousa, de 35 anos, conhecido como "Kiko", foi preso suspeito de envolvimentos no crimes. O suspeito foi detido na noite dessa terça-feira, 26, em Teresina (Piaui).

O policial civil Glicelio Félix de Almeida, de 41 anos, foi morto no dia 17 de dezembro no município de Granja, a 332 quilômetros de Fortaleza. 

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"Kiko" também é apontado como mandante da morte do servidor do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Haroldo Ximenes Júnior, de 53 anos. O analista judiciário foi morto no dia 31 de setembro no mesmo municipio cearense. 

Conforme a PC-CE, as ações foram um trabalho integrado com a Polícia Civil do Piauí. O homem estava em um flat no bairro Pirajá. 

Delegado Marcos Aurélio Elias de França, diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte, informou que o preso é um chefe de organização criminosa que atua no Ceará, Piauí e Maranhão e que o grupo é responsável por inúmeros homicídios em Camocim, Chaval e áreas próximas, somente em Camocim foram 40 homicídios, todos ligados a essa organização criminosa.


"Foram nove dias ininterruptos de operação. É uma família de sobrenome "Amaral", que a mãe, filhos, netos, todos têm mandados de prisão em aberto e o neto tem envolvimento direto na morte do polciial e eles comandam crime organizado nos três estados", aponta o diretor do departamento. 

Todos têm mandados em aberto, um deles está preso, os outros foragidos e a família é nativa do município de Granja. "Eles foram expulsos do município devido aos trabalhos policiais. Os processos deles tramitam na comarca de Granja, além de processos no Piauí e no Maranhão. Um dia estavam em Granja, no dia seguinte em Teresina e, mudavam de imóvel constantemente", ressalta. 


O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Ricardo Pinheiro, apontou que o policialcivil morto era lotado no DHPP e que foi montada uma parceria com a Polícia Civil do Piauí e foi montada uma força tarefa para encontrar os criminosos.


Após a morte do policial civil, dois adolescentes foram apreendidos, sendo um deles familiar do mandante do crime. Uma terceira pessoa trocou tiros com a Polícia e foi morto. Dias depois foram presos, na Parnaíba, envolvidos com a morte do analista judiciário e apreendido fuzil. Ao todo são sete presos, dois adolescentes apreendidos e uma morte em confronto.


Conforme o diretor do DHPP, o mandante e chefe da facção estava em Teresina (PI) e foi feito um acompanhamento, dessa forma foi possível identificar a companheira do homem em um mercantil e chegar até ele. Conforme o delegado, após a audiência de custódia, as equipes da PCCE fariam o translado do preso à Fortaleza, onde ele ficará recolhido no sistema penitenciário do Ceará.


O mesmo grupo foi responsável pelos dois homicídios, o de Félix e de Haroldo. As duas investigações apontam o trabalho dos servidores públicos como motivação dos crimes. De acordo com o delegado O policial civil foi Marcos Aurérlo, o inspetor foi morto por ser policial.

Ele estava na cidade e o filho do líder da organização recebeu uma orientação da organização criminosa, que assim que visualizasse o policial, que ligasse para uma terceira pessoa para cometer o homicídio. O policial foi visto em uma praça e foi executado.


Já os executores do analista judiciário são apontados pela Polícia Civil como braço direito do chefe da organização criminosa que foi preso no Piauí. Os executores foram presos com fuzil e atuavam como seguranças do líderdo grupo. Já os que mataram o policial são moradores do município de Granja, todos fazem parte da mesma organização.

 

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