Ameaças a escolas no Ceará: sobe para nove o número de investigados

Também há 31 perfis em mídias sociais sendo monitorados, sendo que 18 deles já tiveram a autoria identificada, conforme a SSPDS

Nesta quarta-feira, 12, subiu para nove o número de pessoas conduzidas a delegacias investigadas por realizar supostas ameaças de ataques a escolas no Ceará. O dado, divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), refere-se ao período que vai de 3 de abril até a tarde desta quarta.

A SSPDS também informou que 31 perfis em mídias sociais estão sendo monitorados, sendo que 18 deles já tiveram a autoria identificada. O trabalho é realizado pela Coordenadoria de Inteligência (Coin) da SSPDS e pelo Departamento de Inteligência Policial (DIP).

Durante os trabalhos de investigação, um homem de 21 anos foi preso em flagrante em Pacatuba (Região Metropolitana de Fortaleza) suspeito de armazenar pornografia infantil.

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Ele segue sendo investigado por ameaças a escolas. Em Fortaleza, um adolescente de 16 anos foi apreendido em flagrante por ato infracional análogo ao crime de ameaça.

Outro adolescente de 16 anos também foi apreendido por divulgar fake news de ameaças a escolas em Tianguá (Serra da Ibiapaba).

Ainda houve cinco boletins de ocorrência registrados contra uma criança de 11 anos, três adolescentes de 12, 14, 15, e um adulto de 21 anos. Além disso, houve a apreensão do adolescente de 14 anos que feriu duas meninas em Farias Brito (Cariri Cearense).

Nas ações, celulares foram apreendidos e o conteúdo dos aparelhos deve ser usado nas investigações.

Ameaças a escolas: secretarias fazem reuniões para traçar estratégias

Nesta quarta, o titular da SSPDS, Samuel Elânio, reuniu-se com a secretária da Educação, Eliana Estrela, para discutir as ameaças às escolas. Conforme a SSPDS, foi decidido pela criação de uma cartilha com orientações sobre o assunto, cujo público-alvo são os responsáveis por unidades de ensino, familiares de alunos e estudantes.

Nessa quinta-feira, 13, uma nova reunião será feita com representantes da SSPDS, da Seduc, do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), Secretaria Municipal de Segurança Cidadã de Fortaleza (Sesec), Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Ceará (Sinepe-CE) e Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece).

A SSPDS reforçou que tem mantido policiamento em pontos-base na frente de escolas do Estado, assim como policiais militares do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades (Copac) têm feito visitas nas instituições escolares durante os turnos que ocorrem as aulas.

A secretaria ainda frisou a importância de não divulgar informações que não tenham a veracidade confirmada. “Sobre os perigos da divulgação de fake news, a pasta frisa ainda que provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto é crime, com pena de quinze dias a seis meses, ou multa (Artigo 41, do Decreto-Lei 3.688/1941)”.

Ameaças a escolas: denuncie

A SSPDS reforça que a população pode contribuir com as investigações repassando informações, com sigilo e anonimato garantidos.

Disque-Denúncia: 181
WhatsApp da SSPDS: (85) 3101 0181

Ataques a escola: nota da redação

O POVO opta por não publicar foto, vídeo, nome ou qualquer detalhe sobre autores de ataques a escolas. A decisão atende a recomendações de estudiosos em comunicação e violência. ⁠⁠

Entendemos que a divulgação dessas informações pode vir a estimular novos agressores, que usem a divulgação da imprensa profissional como forma de promoção de atos de violência.⁠⁠

O POVO pretende manter a postura em casos subsequentes, podendo reavaliar se novos estudos indicarem rumos que tragam maior segurança à sociedade.⁠

 

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Segurança Pública Ceará Ataques Escolas Ceará

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