Com precipitações da estação chuvosa, Ceará sai do alerta de escassez hídrica

Chuvas registradas entre fevereiro e maio impactaram positivamente nos volumes dos reservatórios cearenses. Atualmente, pelo menos 35 açudes estão sangrando no Estado

Com o volume de precipitações registrado na estação chuvosa de 2022, o Ceará saiu da situação de alerta para escassez hídrica. Até a noite desta segunda-feira, 30, o nível dos reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) chegava a 37,5%. O percentual é suficiente para retirar o Estado do patamar mais preocupante para falta d´água, quando o índice fica abaixo de 30%.

Segundo dados do Portal Hidrológico do Ceará, monitorado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) em parceria com a Cogerh, a mudança de classificação veio no segundo mês da estação, no dia 15 de abril, quando o volume médio alcançou a casa dos 30,5%. O indicador estava abaixo desse patamar desde setembro de setembro de 2020.

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Com a continuidade das chuvas na segunda quinzena de abril e ao longo de maio, o aporte dos açudes cearenses seguiu aumentando. O índice já é o maior, pelo menos, desde 2019. Devido a instabilidades no sistema, o Portal Hidrológico não disponibilizou, na noite desta segunda, 30, os números dos anos anteriores.

Ainda de acordo com a ferramenta, o Estado tem cerca de 35 reservatórios sangrando. Outras 11 barragens estão na iminência de transbordar, com níveis de reserva hídrica acima de 90%. O açude Ubaldinho, em Cedro, que tem volume de 99,85% , é o que está mais perto de verter águas. Em situação oposta, 48 reservatórios concentram recargas hídricas abaixo de 30% e continuam em alerta para escassez.

Com a melhora no aporte dos açudes, O POVO perguntou à Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará (SRH) se as reservas de água nas barragens cearenses são suficientes para garantir a segurança hídrica no Estado até o fim do ano. A pasta alegou, no entanto, que a resposta só será possível após a consolidação dos dados da estação chuvosa. "Está sendo feito um amplo levantamento sobre a situação de cada reservatório para saber qual a influência das chuvas recentes no nível acumulado", informou a assessoria de imprensa da pasta.

Das doze bacias hidrográficas do Estado, quatro ainda estão no estágio de alerta: Banabuiú (7,89%), Curu (21,27%), Médio Jaguaribe (22,43%) e Sertões de Crateús (22,91%). Na contramão, outras quatro acumulam volumes expressivos: Acaraú (85,32%), Coreaú (93,90%), Metropolitana (83,02%) e Baixo Jaguaribe (100%). No geral, as bacias monitoradas concentram 157 açudes, que juntos têm capacidade de acumular cerca de 18,5 bilhões de metros cúbicos (m³). Atualmente, o volume é de pouco mais de 6,9 bilhões (m³).

Açudes sangrando no Ceará:

Acaraú Mirim (Massapê)

Ayres de Sousa (Sobral)

Jenipapo (Meruoca)

São Vicente (Santana do Acaraú)

Sobral (Sobral)

Muquém (Cariús)

Santo Antônio de Russas (Russas)

Angicos (Coreaú)

Diamantino II (Marco)

Gangorra (Granja)

Itaúna (Granja)

Tucunduba (Senador Sá)

Várzea da Volta Moraújo)

Frios (Umirim)

Itapajé (Itapajé)

Gameleira (Itapioca)

Mundaú (Uruburetama)

Poço Verde (Itapipoca)

Quandú (Itapipoca)

Acarape do Meio (Redenção)

Amanary (Maranguape)

Aracoiaba (Aracoiaba)

Batente (Ocara)

Cauhipe (Caucaia)

Gavião (Pacatuba)

Germinal (Palmácia)

Itapebussu (Maranguape)

Malcozinhado (Cascavel)

Pacajus (Chorozinho)

Pacoti (Horizonte)

Penedo (Maranguape)

Riachão (Itaitinga)

Olho d´Água (Várzea Alegre)

Rosário (Lavras da Mangabeira)

Barragem do Batalhão (Crateús)

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