Três focos ativos de incêndio afetam região Centro-Sul do Estado

Maior incidência de incêndios no segundo semestre do ano já era esperado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) por fatores climáticos, mas as ocorrências durante junho, julho e agosto apresentaram aumento em números em relação ao ano passado

Os municípios de Icó, Cariús e Iguatu, localizados no interior do Estado, têm sido afetados por incêndios que já duram dias, de origens ainda desconhecidas. Uma maior incidência de incêndios, que já era prevista pelo Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE), tem gerado preocupação nos profissionais que atuam no combate ao fogo, uma vez que os meses de junho, julho e agosto desse ano apresentaram acréscimo no número de ocorrências em relação ao ano passado.

De acordo com informações do Tenente-Coronel Nijair Araújo, Comandante do 4º Batalhão de Bombeiro Militar, o fogo já dura mais de 20 dias em Icó, cinco dias em Cariús, além do difícil acesso de viaturas na região, e tem sido considerado de médias proporções na cidade de Iguatu.

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Ainda em Cariús, a área afetada pelo fogo já corresponde a mais de três quilômetros. “O fogo tem se aproximado das residências perigosamente. Segundo um dos moradores que está no local, algumas pessoas estão saindo das casas por questões de segurança”, explica o tenente.

De acordo com o comandante, viaturas foram ao local nos dias anteriores, mas não conseguiram ter acesso ao incêndio. Para que o fogo seja controlado, no entanto, é necessário a utilização de uma aeronave, mas a mesma se encontra em manutenção na Capital cearense até amanhã. "Estamos tentando outras opções", explica.

Segundo moradores de Cariús, o fogo também está se aproximando de pastos e de áreas que possuem alguns gados de criação para abate, que estão presos. "A gente está vendo a possibilidade de retirarmos esses animais dos locais onde eles estão presos para que a gente possa conduzí-los para pontos de maior acesso a uma possível fuga", pontua o tenente Nijair.

O comandante explica que por conta das chuvas, a vegetação cresceu e se encontra seca, existindo muito combustível para queimar. Além disso, os ventos fortes e as temperaturas elevadas contribuem também. "Quando o homem queima sem o devido cuidado, ele perde o controle e temos os incêndios que nos assolam todos os anos, principalmente no segundo semestre, com aumento de até 95% dos casos. Ademais, os incêndios urbanos, que ocorrem o ano inteiro, continuam", completa.

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