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Ministério Público denuncia 17 pessoas pela morte do prefeito de Granjeiro e afirma possuir indícios da autoria do crime

Os denunciados, segundo revelou o MPCE, cometeram "diversos crimes relacionados ao homicídio" de João Gregório Neto, de 54 anos, conhecido na cidade como "João do Povo"
19:34 | Ago. 27, 2020
Autor Alan Magno
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Alan Magno Estagiário de jornalismo
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Tipo Notícia

As investigações do assassinato do prefeito de Granjeiro entraram em uma nova fase nesta quinta-feira, 27. O Ministério Público do Estado (MPCE), por meio  da Promotoria de Justiça da Comarca Vinculada de Granjeiro, denunciou 17 pessoas por participação no crime, que ocorreu às vésperas do último Natal, no dia 24 de dezembro de 2019. O pedido de formalização do indiciamento das pessoas havia sido recebido pela Justiça no dia 12 de agosto.

Os denunciados, segundo revelou o MPCE, cometeram “diversos crimes relacionados ao homicídio” de João Gregório Neto, de 54 anos, conhecido na cidade como "João do Povo". A vítima levou três tiros enquanto caminhava no entorno do açude Junco, no município distante 442,2 km da Capital. O processo de investigação das circunstâncias e motivações do crime segue sendo intensificado. 

Ao divulgar a formalização da denúncia das 17 pessoas, o MPCE destacou que os promotores responsáveis pelo caso afirmam possuir “indícios suficientes de autoria e materialidade dos envolvidos para com o crime”.

A informação se sustenta na existência de “elementos probatórios” que revelariam a participação de cada envolvido no assassinato. Os promotores teriam revelado ainda estar confiantes da “proximidade de dar uma satisfação efetiva para a sociedade”, indicando um eventual encerramento do caso em breve.

Diante da estimativa de uma finalização do inquérito, o MPCE solicitou que a Promotoria de Justiça de Granjeiro determinasse um prazo para que as autoridades policiais envolvidas concluam todas as diligências e demais procedimentos ainda pendentes na investigação.

O posicionamento da Promotoria diante da sugestão não foi divulgado. Procurado pelo O POVO, o Ministério Público do Ceará destacou que não poderia revelar maiores informações sobre o caso ou sobre as ações da Promotoria e das forças policiais. O órgão destacou ainda não estar autorizado a divulgar os nomes dos indiciados e dos promotores que trabalham no caso em razão do processo correr em segredo de Justiça.

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Investigações

 

Ocorrendo desde o dia do assassinato, as investigações do caso já resultaram em ao menos dez mandados de prisão preventiva e quinze de prisão preventiva, cumpridos em Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, Granjeiro e Salgueiro, no estado de Pernambuco. Ao todo, oito suspeitos de envolvimento direto ou indireto com o crime já foram encontrados e detidos preventivamente. Alguns dos investigados foram presos em outros estados da região Nordeste. 

Dois dos suspeitos presos preventivamente no dia 16 de julho são Ticiano da Fonseca Félix, que atuava como vice-prefeito na gestão de Gregório, e seu pai, Vicente Félix de Sousa (que também já ocupou o cargo de prefeito do município). Eles foram apontados pelo polícia como possíveis mandantes do assassinato de “João do povo” em inquérito policial

Segundo informações apuradas pelo O POVO no mesmo dia das referidas prisões, com uma fonte que acompanha as investigações da polícia, a tese principal é de que o crime tenha motivação política, sendo idealizado depois de desavenças entre os suspeitos indiciados como mandantes e a vítima.

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Em maio deste ano, o tio de Ticiano da Fonseca, José Plácido da Cunha, 53, também chegou a ser preso preventivamente por suspeita de envolvimento na morte de “João do povo” e por ameaçar testemunhas do caso



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