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Polícia prende prefeito de Granjeiro e oito acusados de envolvimento na morte de João Gregório

Equipes da Polícia Civil estiveram em endereços nas cidades de Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, Granjeiro e Salgueiro (PE) para cumprir 27 mandados judiciais
16:23 | Jul. 15, 2020
Autor Redação O POVO
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Tipo Notícia

A Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) deflagrou na manhã desta quarta-feira, 15, mais uma fase da Operação Granjeiro, que visa elucidar a morte do ex-prefeito do município, João Gregório Neto (54). Nove alvos investigados por participarem, direta ou indiretamente, da morte do político tiveram mandados de prisão preventiva e domiciliar cumpridos nas primeiras horas da manhã de hoje.

O trabalho policial resultou nas prisões do atual prefeito do município Ticiano da Fonseca Felix, afastado imediatamente do cargo, e do pai dele Vicente Felix de Sousa. Após a prisão do prefeito, presidente da Câmara de Granjeiro tomou posse do cargo interinamente. 

Segundo informações da PCCE, a ação mobilizou 60 policiais civis do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul) e da Delegacia Regional de Crato, com apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core). Uma aeronave da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará (SSPDS/CE) também deu apoio à ação policial. Membros da Promotoria de Justiça de Granjeiro do Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) colaboraram com os trabalhos.

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As equipes policiais visitaram endereços em Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, Granjeiro e Salgueiro (PE) para cumprir 15 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão preventiva e domiciliar em desfavor dos alvos da investigação

A investigação afirma que ambos são suspeitos de arquitetarem o plano que resultou na morte de João Gregório Neto e de articular a participação de outros suspeitos que de alguma forma colaboraram para o homicídio do político, no dia 24 de dezembro de 2018, véspera de Natal.

A operação também cumpriu mandados de prisão domiciliar contra Joaquim Maximiliano Borges, conhecido como “Max”, nomeado por Ticiano para ser secretário da administração da atual gestão municipal e teve o pedido de afastamento do cargo na prefeitura aceito pela Justiça; e Francisco Rômulo Brasil Leal dos Santos, gerente da loja de propriedade de Vicente.

Outro alvo que teve prisão domiciliar cumprida foi Geraldo Pinheiro de Freitas, que, de acordo com as investigações teria financiado o esquema criminoso para executar o plano de morte do prefeito. Outras duas pessoas apontadas como financiadoras tiveram seus imóveis vistoriados pelos policiais civis, na manhã de hoje.

As apurações apontam que quatro alvos de mandados de prisão preventiva cumpridos hoje participaram diretamente no homicídio, são eles: Anderson Mauricio Rodrigues, com antecedente criminal por receptação; Wendel Alves de Freitas Mendes, com passagens pelos crimes de furto, estelionato, receptação, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e por integrar organização criminosa; Willyano Ferreira da Silva, natural de Salgueiro. Os dois últimos foram presos no último dia 9, em um imóvel na cidade do Crato, por força de um mandado de prisão temporária relativo à investigação.

O quarto suspeito apontado como coordenador da execução do prefeito é o cabo da Polícia Militar do Ceará (PMCE), Mayron Myrray Bezerra Aranha, com passagens por tentativa de homicídio, crimes de trânsito, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. O PM está afastado preventivamente das funções e já se encontrava preso quando as equipes policiais foram cumprir o mandado. Ele também é investigado em um caso de tentativa de homicídio contra uma mulher de 23 anos, em maio deste ano, em Barbalha.

Durante a operação, a polícia apreendeu R$ 120 mil em espécie, quantia encontrada com o investigado Geraldo Pinheiro. Um revólver calibre 38 com cinco munições de mesmo calibre foi apreendido na casa de José Plácido da Cunha, tio de Ticiano. Ele está com mandado de prisão preventiva, mas não pode ser cumprido, pois ele não foi localizado no endereço, sendo considerado foragido. Três notebooks, sete HDs e aparelhos celulares também foram recolhidos nos imóveis dos investigados.

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