Católicos tem que participar de duas missas nesse final de semana? Entenda
Neste ano, as solenidades de todos os santos e dos fiéis defuntos ocorrem uma seguida da outra
Neste final de semana, a Igreja Católica celebrará duas grandes solenidades: o dia de todos os santos, no sábado, 1º, e o dia dos fiéis defuntos, no domingo, 2. Essas missas são consideradas de preceito, ou seja, os fiéis têm a obrigação moral de participar das celebrações.
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No Brasil, a solenidade de Todos os Santos — celebrada mundialmente em 1º de novembro — costuma ser transferida para o domingo seguinte. Porém, neste ano, o domingo já está ocupado com à liturgia de Finados, permanecendo assim as duas datas em sequência.
Mas o que diz a Igreja?
De acordo com o cânon 1246 §1 do Código de Direito Canônico, “o domingo e os outros dias de festa de preceito são os dias em que os fiéis são obrigados a participar da Missa”.
O mesmo código, em seu §2, permite que as conferências episcopais transfiram algumas festas para o domingo. Entretanto, neste ano, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) optou por manter a celebração de Todos os Santos no sábado.
Em carta enviada às dioceses brasileiras, a Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB emitiu orientações litúrgicas sobre as celebrações deste fim de semana. Na carta, o presidente da Comissão dom Hernaldo Pinto Farias, explica que a solenidade de sábado deve ser celebrada conforme o "costume".
Já domingo, além de não se cantar o glória e nem fazer a oração do credo, explica-se que "no Brasil, a cor litúrgica para a missa dos fiéis defuntos, é o roxo, não sendo costume o uso da cor preta".
Como cumprir o preceito
O cânon 1248 §1 explica que, em situações como esta, os fiéis podem participar das celebrações “no próprio dia da festa ou na tarde do dia anterior”, a partir das 17 horas.
Isso significa que a missa de Todos os Santos pode ser assistida no sábado ou já na sexta-feira, a partir das 17h. Da mesma forma, a celebração dos Fiéis Defuntos, marcada para o domingo, pode ser vivenciada no sábado à noite.
“O cristão não vai à missa simplesmente para cumprir uma obrigação ou um preceito, mas porque tem necessidade da Eucaristia, de crescer na fé e participar ativamente dos mistérios da nossa fé”, explica o frei Luís Felipe Marques, assessor do Setor Pastoral Litúrgica da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB.