Nova lei garante acompanhamento nutricional pelo SUS para pessoas com autismo

Nova lei garante acompanhamento nutricional pelo SUS para pessoas com autismo

Lula sancionou uma mudança na Lei Berenice Piana que garante acompanhamento nutricional pelo SUS a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira, 29, uma mudança importante na legislação voltada às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A partir de agora, elas passam a ter direito a acompanhamento nutricional pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O novo decreto, publicado no Diário Oficial da União, altera a Lei nº 12.764/2012, conhecida como Lei Berenice Piana, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

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“Em casos de necessidade de terapia nutricional para a pessoa com transtorno do espectro autista, o Sistema Único de Saúde (SUS) deverá ofertar atendimento multiprofissional que contemple as necessidades específicas, incluindo a avaliação nutricional e a intervenção nutricional, com a elaboração de plano alimentar individualizado, bem como o acompanhamento e a monitoração da eficácia da terapia nutricional”, diz o novo parágrafo no artigo 3º da Lei nº 12.764.

A nova medida estabelece que a terapia nutricional será realizada por profissionais de saúde habilitados, seguindo protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas. 

Com isso, o acompanhamento alimentar se soma à lista de atendimentos multidisciplinares já oferecidos à população com TEA pelo SUS, como psicoterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e consultas médicas com neurologistas e psiquiatras.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) estimam que o Brasil tenha cerca de 2 milhões de pessoas com TEA — um número que tende a aumentar com o aprimoramento dos diagnósticos.

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A alteração atende a uma demanda crescente de especialistas e familiares de pessoas com autismo, que há anos alertam para os desafios relacionados à alimentação desse grupo.

Uma pesquisa publicada na Revista da Associação Brasileira de Nutrição (Rasbran) identificou que 53,4% de crianças e adolescentes com autismo consomem apenas um número muito limitado de alimentos.

Essa condição está diretamente ligada à sensibilidade sensorial e emocional, comum entre pessoas com TEA, o que pode levar à recusa de certos sabores, texturas ou cores.

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