Padre é investigado após dizer que RS 'abraçou a bruxaria e o satanismo'
Denúncia aponta o "preconceito religioso por parte de um pároco do município de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul". Confira o que aconteceu
O padre Paulo Santos da Silva, da Paróquia São Vicente de Paulo, de Nova Andradina, em Mato Grosso do Sul, foi denunciado ao Ministério Público Federal (MPF) por relacionar as enchentes que assolam o Rio Grande do Sul à bruxaria, satanismo e ao ateísmo entre gaúchos.
O MPF recebeu denúncia na segunda-feira, 20, no canal eletrônico de atendimento ao cidadão, segundo o Uol. A denúncia apontava o "preconceito religioso por parte de um pároco do município de Nova Andradina, Mato Grosso do Sul".
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AssinePadre diz que o Rio Grande do Sul 'abraçou a bruxaria e o satanismo'
A fala foi feita durante a "Missa Solidária em Oração pelo Rio Grande do Sul" no último dia 8. Durante a pregação, Paulo Santos, que também é gaúcho, afirmou que o estado gaúcho é o "mais ateu" do País.
"O Rio Grande do Sul há muito tempo abraçou a bruxaria e o satanismo. Há muito tempo, o meu povo tem se afastado de Deus”, disse em um vídeo que circula nas redes sociais.
Em outro trecho, Paulo Santos disse ainda que "existem mais centros de macumba na cidade de Porto Alegre do que no estado da Bahia inteiro".
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MPF aceitou a denúncia contra o padre
A denúncia foi feita pelo deputado estadual Leonel Guterres Radde (PT) e recebida pela Procuradoria da República em Dourados, que é a unidade do MPF referência para analisar casos ocorridos em Nova Andradina.
Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que foi registrada “uma denúncia por intolerância religiosa junto ao Ministério Público”. O texto compartilhado nas redes sociais do parlamentar fala em "pregação criminosa repleta de preconceitos religiosos".
Será apurada a prática de crime previsto no artigo 20 da Lei n° 7.716/1989 que fala sobre praticar, induzir ou incitar a discriminação, ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
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O vídeo levantou debate na web e revolta nos últimos dias, pois o pároco, assim como alguns influenciadores já teriam dito anteriormente, relacionou que as enchentes enfrentadas pelos gaúchos são resultados do ateísmo e de religiões de matriz africana.
“A igreja deveria estar engajada em praticar o amor ao próximo e não a intolerância e o desrespeito”, escreveu um usuário na rede social X (antigo Twitter). “É inacreditável que um representante de Jesus tenha um discurso tão preconceituoso e criminoso”, comentou outro.
A Paróquia São Vicente de Paulo e a Diocese de Naviraí não se pronunciaram sobre o assunto.
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