Vocalista da Mastruz com Leite relata assédio por integrante da banda

Larissa Ferreira revelou, em sequência no Instagram, que foi assediada e teve sua mão presa pelo integrante do grupo, que não teve sua identidade revelada. Banda se pronunciou através de comunicado e relatou dar total assistência à vocalista

Uma das vocalistas da banda Mastruz com Leite, Larissa Ferreira, veio a público nesta terça-feira, 4, em uma sequência de stories do Instagram sobre um suposto assédio que sofreu por um integrante do grupo. A cantora contou que ela e o marido, Jean, permitiram que o integrante dormisse em sua casa após tomarem algumas cervejas antes de Larissa sofrer o abuso.

A vocalista contou que ela e o marido tinham acabado de chegar de viagem e caíram em um sono pesado, mas ela ainda sentiu os toques do suposto assediador em partes do seu corpo e do seu rosto. A cantora, inclusive, relata que o homem chegou a segurar sua mão para impedir quaisquer tipos de reações. "Eu me mexi, mas não abri o olho em nenhum momento. Eu sabia que se eu desse alarme, Jean ia matar esse homem aqui dentro de casa", contou aos prantos.

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Larissa chegou a afirmar que ficou em dúvida se contaria a situação pro marido e compartilhou o momento com Mara, uma colega de banda. "Ela até cogitou de eu não falar para o Jean, com medo dele fazer uma merda grande, mas aquilo estava me comendo por dentro. Não ia conseguir ficar no mesmo ambiente que esse homem. Estou em tempo de morrer de ansiedade esses dias", desabafou.

A cantora decidiu contar a situação momentos antes de viajar com a banda. "Rebeca me apoiou totalmente, mas faltava meia hora para a gente viajar e ela falou que não poderia fazer nada na hora, mas que iria resolver", comentou Larissa. "Viajei esses três dias em que a Renara [outra vocalista] não estava presente. Aguentei, fique à base de remédio controlado. As medidas já foram tomadas. Rebeca disse que eu não tinha culpa".

Na sequência, Larissa alertou as seguidoras e reforçou que nenhuma mulher tem culpa de ser abusada. "Mesmo se eu estivesse nua, eu estava na cama com meu marido. Ninguém tem direito de tocar em nenhuma mulher se ela não deixar", reforçou. "Chega da mulher estar calada e adoecer por dentro escondendo por medo".

Através de comunicado, a banda Mastruz com Leite se manifestou acerca das declarações de Larissa. "Nós da banda Mastruz com Leite nos solidarizamos à nossa cantora Larissa Ferreira, que relatou em suas redes sociais ter sofrido assédio em sua casa, por outro integrante da banda. A empresa já está tomando as medidas quanto ao músico e está providenciando apoio à cantora, que está fragilizada, mas acolhida pela família e amigos. A Banda Mastruz com Leite reforça que repudia toda e qualquer forma de abuso contra mulheres, seja físico, psicológico ou sexual. Seguimos dando assistência e oferecendo suporte para Larissa", disse em comunicado à Revista Quem.

Violência contra a mulher - o que é e como denunciar?

A violência doméstica e familiar constitui uma das formas de violação dos direitos humanos em todo o mundo. No Brasil, a Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, caracteriza e enquadra na lei cinco tipos de violência contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Entenda as violências:

Violência física: espancamento, tortura, lesões com objetos cortantes ou perfurantes ou atirar objetos, sacudir ou apertar os braços.

Psicológica: ameaças, humilhação, isolamento (proibição de estudar ou falar com amigos).

Sexual: obrigar a mulher a fazer atos sexuais, forçar matrimônio, gravidez ou prostituição, estupro.

Patrimonial: deixar de pagar pensão alimentícia, controlar o dinheiro, estelionato.

Moral: críticas mentirosas, expor a vida íntima, rebaixar a mulher por meio de xingamentos sobre sua índole, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir.

A Lei 13.104/15 enquadrou a Lei do Feminícidio - o assassinato de mulheres apenas pelo fato dela ser uma mulher. O feminicídio é, por muitas vezes, o triste final de um ciclo de violência sofrido por uma mulher - por isso, as violências devem ser denunciadas logo quando ocorrem. A lei considera que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

LEIA MAIS | Veja como denunciar violência doméstica durante a pandemia

Veja como buscar ajuda:

Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180

Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza (DDM-FOR)
Rua Teles de Souza, s/n - Couto Fernandes
Contatos: (85) 3108 2950 / 3108 2952

Delegacia de Defesa da Mulher de Caucaia (DDM-C)
Rua Porcina Leite, 113 - Parque Soledade
Contato: (85) 3101 7926

Delegacia de Defesa da Mulher de Maracanaú (DDM-M)
Rua Padre José Holanda do Vale, 1961 (Altos) - Piratininga
Contato: 3371 7835

Delegacia de Defesa da Mulher de Pacatuba (DDM-PAC)
Rua Marginal Nordeste, 836 - Jereissati III
Contatos: 3384 5820 / 3384 4203

Delegacia de Defesa da Mulher do Crato (DDM-CR)
Rua Coronel Secundo, 216 - Pimenta
Contato: (88) 3102 1250

Delegacia de Defesa da Mulher de Icó (DDM-ICÓ)
Rua Padre José Alves de Macêdo, 963 - Loteamento José Barreto
Contato: (88) 3561 5551

Delegacia de Defesa da Mulher de Iguatu (DDM-I)
Rua Monsenhor Coelho, s/n - Centro
Contato: (88) 3581 9454

Delegacia de Defesa da Mulher de Juazeiro do Norte (DDM-JN)
Rua Joaquim Mansinho, s/n - Santa Teresa
Contato: (88) 3102 1102

Delegacia de Defesa da Mulher de Sobral (DDM-S)
Av. Lúcia Sabóia, 358 - Centro
Contato: (88) 3677 4282

Delegacia de Defesa da Mulher de Quixadá (DDM-Q)
Rua Jesus Maria José, 2255 - Jardim dos Monólitos
Contato: (88) 3412 8082

Casa da Mulher Brasileira

A Casa da Mulher Brasileira é referência no Ceará no apoio e assistência social, psicológica, jurídica e econômica às mulheres em situação de violência. Gerida pelo Estado, o equipamento acolhe e oferece novas perspectivas a mulheres em situação de violência por meio de suporte humanizado, com foco na capacitação profissional e no empoderamento feminino.

Telefones para informações e denúncias:

Recepção: (85) 3108 2992 / 3108 2931 – Plantão 24h
Delegacia de Defesa da Mulher: (85) 3108 2950 – Plantão 24h, sete dias por semana
Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher: (85) 3108 2966 - segunda a quinta, das 8 às 17 horas
Defensoria Pública: (85) 3108 2986 - segunda a sexta, das 8 às 17 horas
Ministério Público: (85) 3108 2940 / 3108 2941, segunda a sexta, das 8 às 16 horas
Juizado: (85) 3108 2971 – segunda a sexta, das 8 às 17 horas


 

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