Vídeo: policial militar agride mulher durante abordagem em Curitiba

Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) determinou às polícias que apurem o caso; prazo para a conclusão é de 30 dias

Um policial militar agrediu uma mulher durante uma abordagem na noite da última sexta-feira, 22, em Curitiba, no Paraná. As agressões foram registradas em vídeo que vem circulando nas redes sociais. Nas imagens, é possível ver o momento em que o agente derruba a jovem, imobiliza-a no chão e acerta a boina do uniforme na cabeça dela.

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A vítima foi identificada como Stephany Rodrigues, 28, dona de uma hamburgueria na cidade. O estabelecimento de Stephany foi fechado pelos policiais por estar com a ocupação acima da capacidade permitida por decreto municipal. O local foi multado em R$ 30 mil pelo descumprimento da medida e por não oferecer álcool em gel.

Segundo o militar responsável pela operação, capitão Ronaldo Goulart, a mulher deu um tapa no rosto de um policial após receber voz de prisão por desacato e que foi preciso uso de força. Ele também afirmou que os ferimentos da empresária foram causados por ela pois ela teria ficado se debatendo no chão.

Goulart ainda afirmou que o policial teve uma atitude "instintiva" ao acertar a boina na mulher pois ele estava "sendo ofendido, agredido fisicamente e na tentativa de ser mordido" e que a medida foi a forma "menos lesiva".

Em entrevista ao portal G1, Stephany Rodrigues disse que foi até os policiais após os agentes tirarem à força um funcionário de dentro da própria casa, próxima ao estabelecimento. A PM afirmou que ele desacatou os policiais enquanto fumava narguilé.

Quando estava imobilizada, a mulher gritou por socorro e disse que estavam quebrando a mão dela. “Eu achei que ele ia me matar, que eu ia morrer. Porque o que eu conseguia ver, não tinha ninguém por perto, eu só via coturno", afirmou Stephany.

A comerciante foi atendida em uma unidade de saúde da cidade. Depois, assinou um Termo Circunstanciado por desacato e foi liberada. “Foi uma abordagem muito agressiva, muito agressiva. Desnecessária, completamente desnecessária. Eu já estava no chão, eles me machucaram muito, muito”, destaca.

A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) determinou às polícias que apurem o caso e disse que o prazo para a conclusão de procedimentos como este é de cerca de 30 dias. Segundo nota enviada ao portal G1, a secretaria não compartilha com condutas que extrapolem os limites da lei e disse que vai acompanhar o andamento da apuração.

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