Tempestade de areia deixa céu escuro e desaparecidos em Mato Grosso do Sul

Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, foram registrados ventos de até 94km/h

Aconteceu novamente, mas desta vez em Mato Grosso do Sul (MS): uma tempestade de areia, acompanhada de fortes ventos, deixou estragos em cidades do estado. Um dos efeitos do evento dessa sexta-feira, 15, foi a “transformação” do dia em noite devido à escuridão a partir da extensa nuvem de poeira. Além disso, segundo o jornal "O Globo", um barco com 21 passageiros virou no Rio Paraguai e sete pessoas ainda estão desaparecidas.

Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, foram registrados ventos de até 94km/h durante o fenômeno conhecido como haboob. Devido à ventania, cidades do estado como Dourados, Corumbá e Ponta Porã sofreram com quedas de energia e também com a queda de temperatura - antes 33ºC, passaram a apresentar 18º com chuva e trovoadas, segundo a empresa de meteorologia MetSul Meteorologia.

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— MetSul.com (@metsul) October 15, 2021

Ainda segundo a MetSul, a tempestade de areia surgiu a partir de uma frente fria que avançou do Paraguai para o Mato Grosso do Sul com “uma linha poderosa de tempestades com vento muito forte que se estendia por centenas de quilômetros”.

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A ventania também causou queda de árvores e possíveis destelhamentos em outras cidades de Mato Grosso do Sul, como Porto Murtinho, Aquidauana e Anastácio. Segundo dados parciais do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, até as 16 horas de ontem 60 árvores haviam caído apenas em Campo Grande. A Defesa Civil Estadual monitora, junto aos municípios, para levantar os danos provocados pela tempestade.

Os efeitos do fenômeno também foram sentidos por passageiros de voos na região do aeroporto de Campo Grande, que sofreram com a baixa visibilidade ocasionada pela nuvem de poeira.

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Não só Mato Grosso do Sul registrou recentemente tempestade de areia, pois moradores de São Paulo e de Goiás também sofreram com o evento. Em entrevista ao O POVO durante o fenômeno em São Paulo, o meterologista Heráclito Alves, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirmou que o fenômeno é uma nuvem de poeira levantada pela instabilidade climática.

“Quando há formação de chuvas, a temperatura elevada, a baixa umidade relativa do ar e os ventos fortes provocam um área de instabilidade. Essa condição faz com que o ar frio desça, levantando a poeira de terrenos geralmente desmatados”, complementou. Ainda segundo o Alves, é bastante comum que eventos desse porte ocorram em áreas consideradas agrícolas.

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