O que aconteceu com Andreas von Richthofen, irmão de Suzane?

Lançamento dos filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou os Pais trouxe de volta aos holofotes o caso Richthofen

O lançamento dos filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou os Pais trouxe de volta aos holofotes o caso Richthofen, gerando perguntas entre os brasileiros. A morte do casal Manfred Albert e Marísia, a mando da própria filha, Suzane von Richthofen, aconteceu no ano de 2002 e chocou o País. O casal, no entanto, tinha outro filho: Andreas Albert von Richthofen, que na época do assassinato dos pais tinha 15 anos. Afinal, o que aconteceu com o rapaz?

Após a morte trágica dos pais, Andreas passou a viver recluso, sob a tutela da avó, Lourdes Maganani Abdalla e o do tio, Miguel Abdalla Neto. O jovem estudava em uma das melhores escolas de São Paulo e era muito protegido pela família. A avó faleceu quatro anos depois dos assassinatos.

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Em 2005, Andreas foi aprovado no vestibular para o curso de farmácia e bioquímica da Universidade de São Paulo (USP) em terceiro lugar. O rapaz também passou em outras quatro faculdades, mas optou por estudar na USP, onde era visto como um aluno excelente.

Após concluir a graduação, o filho do casal von Richthofen foi aprovado para o doutorado na Faculdade de Química, também da USP. Com isso, Andreas passou a viajar para eventos de divulgação de trabalhos desenvolvidos na instituição.

Em 2015, 12 anos após o crime, Andreas von Richthofen se pronunciou publicamente pela primeira vez e única vez sobre o crime arquitetado pela irmã Suzane. Ele concedeu uma entrevista e divulgou uma carta à Rádio Estadão. Nela, o rapaz diz que o assassinato cometido pela irmã "é nojento" e defende a memória do pai de uma acusação feita pelo procurador de Justiça Nadir de Campos Junior de que o ex-funcionário da Dersa S/A mantinha contas no exterior.

A carta começa cumprimentando o trabalho do procurador na condenação do trio. "É em nome do excelente trabalho do qual o Sr. participou, ao condenar a minha irmã Suzane Louise von Richthofen e aos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, e também de toda sua história na justiça brasileira que me sinto compelido a abordá-lo", diz trecho da carta.

"Escrevo-lhe esta mensagem por vias igualmente públicas às quais o Sr. se vale para comentar o caso da minha família. Entendo que sua raiva e indignação para com estes três assassinos seja imensa e muito da sociedade compartilha esse sentimento. E eu também. É nojento", escreve.

Em seguida, ao se dirigir ao promotor, ele pede provas das acusações. "Encare da perspectiva existencialista. No entanto observo que o Sr. faz diversos apontamentos referindo a um suposto esquema de corrupção, do qual meu pai, Manfred Albert von Richthofen, teria participado e cujos resultados seriam contas no exterior em enormes montantes. Gostaria que o Sr. esclarecesse essa situação: se há contas no exterior, que o Sr. apresente as provas, mostre quais são e aonde estão, pois eu também quero saber e entendo que sua posição e prestígio o capacitam plenamente para tal", considera.

"Mas que se isso não passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o Sr. se retrate e se cale a esse respeito, para não permitir que a baixeza e crueldade deste crime manche erroneamente a reputação de pessoas que nem aqui mais estão para se defender, meus pais Manfred Albert e Marísia von Richthofen", completa a carta.

Consumo de álcool e drogas

Apesar da promissora vida acadêmica, o trauma fez com que Andreas se entregasse ao consumo de álcool e drogas. Em 2017, aos 29 anos, ele foi abordado por policiais após pular o muro de uma residência em São Paulo. Na ocasião, o jovem dizia frases desconexas e parecia assustado. Quando questionado sobre quem ele era teria respondido “não queiram saber da minha vida.”

Andreas só foi reconhecido como o irmão de Suzane no Hospital Municipal do Campo Limpo, para o qual foi levado. O rapaz estava com a roupa rasgada e possuía escoriações e ferimentos pelo corpo, provavelmente advindas da ação de pular o muro da residência. Ele carregava consigo uma caixa de joias que continha uma medalha cunhada com o sobrenome von Richthofen.

No mesmo dia, Miguel Abdalla foi à unidade de saúde para receber os pertences do sobrinho, mas o jovem havia sido transferido para a clínica São João de Deus, especializada na recuperação de usuários de drogas e conveniada com o Sistema Único de Saúde (SUS). Andreas assumiu fazer uso de álcool e maconha, mas afirmou que, naquele dia, não havia consumido nenhuma das substâncias recentemente.

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