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Ato em 26 estados e no Distrito Federal pedem manutenção de verbas para universidades

Os atos também criticam a possibilidade de extinção da vinculação constitucional que assegura recursos para o setor e a proposta de reforma da Previdência
12:13 | Mai. 15, 2019
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Em diversas cidades brasileiras, estudantes, trabalhadores da educação e sindicalistas se mobilizaram nesta quarta-feira, 15, para protestar contra o bloqueio de 30% das verbas de universidades públicas e de institutos federais. Convocados por entidades como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), os atos também criticam a possibilidade de extinção da vinculação constitucional que assegura recursos para o setor e a proposta de reforma da Previdência.

Segundo a CNTE, há atos previstos nas 27 capitais brasileiras e em várias outras cidades do País. Os atos registrados na manhã desta quarta-feira foram pacíficos.

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Salvador

A mobilização já lotava o Largo do Campo Grande, no centro, quando, perto das 10h, estudantes, professores, sindicalistas e apoiadores da manifestação saíram em caminhada com destino à Praça Castro Alves, distante cerca de 1,5 quilômetro. A Polícia Militar acompanha a manifestação a fim de garantir a segurança das pessoas, mas não divulgará o número de participantes.

Pernambuco

Professores de universidade federais fizeram paralisação e atenderam a população gratuitamente, oferecendo serviços como aferição de glicose e orientações sobre alongamento. As informações são do G1.

Das 309 escolas do Recife, 90 não abriram nesta quarta, enquanto outras 149 funcionaram parcialmente. Já em Olinda, a Prefeitura informou que metade das escolas aderiram à paralisação nacional. As unidades que fecharam vão repôr as aulas.

Pará

Centrais sindicais organizaram um ato na Praça da República, em Belém, para unificar as categorias da educação e aliados. De acordo com os organizadores, cerca de 10 mil pessoas, entre trabalhadores técnicos, professores e estudantes, participaram do projeto.

Em Marabá e Santarém, cidades do interior do Estado, a manifestação reuniu professores e estudantes da Universidade Federal do Oeste do Pará (Unifopa) e da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). As informações são do G1.

Curitiba

Na capital paranaense, manifestantes que partiram de diferentes pontos da cidade se concentram em frente à Universidade Federal do Paraná, na região central da cidade. Está prevista uma caminhada até o Centro Cívico, a cerca de 2 quilômetros de distância. Dali, o grupo planeja seguir para a sede da prefeitura antes de se dirigir à Assembleia Legislativa, onde representantes do grupo devem se reunir com deputados estaduais.

Até as 11h, a Polícia Militar (PM) não tinha calculado o número de manifestantes.

Brasília

Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios. Dali, seguiram em direção ao Congresso Nacional, portando faixas e cartazes contra o contingenciamento de das chamadas despesas discricionárias, ou seja, aquelas não obrigatórias, que o governo pode ou não executar, e que incluem despesas de custeio e investimento.

Do alto do carro de som que acompanha a marcha, manifestantes discursam em favor de mais investimentos nas universidades públicas e sobre o risco de o corte de verbas inviabilizar as pesquisas desenvolvidas nos campus acadêmicos. Segundo cálculos da PM, às 11 horas, o ato reunia cerca de 2 mil pessoas.

Segundo a UNE, o contingenciamento coloca em risco a manutenção e a qualidade das universidades públicas, prejudicando seus atuais alunos e jovens que cursam o ensino médio e veem ameaçada a possibilidade de ingresso no ensino superior.

MEC

O Ministério da Educação (MEC) garante que o bloqueio de recursos se deve a restrições orçamentárias impostas a toda a administração pública federal em função da atual crise financeira e da baixa arrecadação dos cofres públicos. Segundo o MEC, o bloqueio preventivo atingiu, de acordo com o G1, 24,84% das verbas discricionárias das universidades federais, cujo orçamento para este ano totaliza R$ 49,6 bilhões.

Confira vídeos dos protestos em Fortaleza:

*Com informações da Agência Brasil

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