Leila Pereira pede exclusão do Cerro Porteño após caso de racismo no Paraguai: 'Não é a primeira vez'

Leila Pereira pede exclusão do Cerro Porteño após caso de racismo no Paraguai: 'Não é a primeira vez'

A dirigente afirmou que os advogados do clube estão em contato com representantes da CBF e da Conmebol para cobrar medidas

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, falou em coletiva na tarde desta sexta-feira, 7, sobre os atos de racismo que aconteceram no Paraguai, em jogo contra o Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20. A cartola do clube paulista, criticou o arbitro da partida, e disse que pedirá a exclusão do time paraguaio da competição.

Leila citou a decisão do árbitro de campo de não paralisar a partida, mesmo com caso de agressão – A Fifa determina que a partida seja interrompida em casos semelhantes.

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"Vamos até as últimas instâncias para que o Cerro Porteño e para que os racistas e criminosos sejam punidos de forma exemplar. Nós vamos requisitar a exclusão do Cerro Porteño da competição porque não é a primeira vez que esse clube ataca os nossos atletas e nossos torcedores. Em 2022, torcedores do Cerro ficaram imitando macacos para nossos torcedores e não aconteceu absolutamente nada. Em 2023, os nossos atletas foram chamados novamente de macaco e o Bruno Tabata foi punido por revidar a agressão", completou a dirigente.

Ainda em coletiva, a dirigente afirmou que os advogados do clube estão em contato com representantes da CBF e da Conmebol para cobrar medidas diante do ocorrido.

João Paulo Sampaio, coordenador das categorias de base do Palmeiras, veio a público nesta sexta-feira explicar a luta do clube nos bastidores após o caso de racismo contra Luighi, atacante do Sub-20 do Verdão. O dirigente revelou que o time paulista pensou em deixar a competição depois do ocorrido.

"Um amigo estava no estádio e tirou fotos da pessoa, está ajudando na identificação do principal infrator. Nós ficamos transtornados, pensamos em sair da competição. Porém, também pensamos que fazendo isso, estaríamos desistindo da luta e dando força aos infratores. Depois, no vestiário, na roda de oração, os meninos disseram que agora estão mais fortes para conquistar o título”, revelou JP Sampaio, em entrevista à ESPN.

O caso de racismo contra Luighi

Enquanto Figueiredo deixava o campo para ser substituído no duelo entre Palmeiras e Cerro Porteño, pela Libertadores Sub-20, o jovem do Verdão passou próximo da arquibancada e viu um torcedor, com criança no colo, fazer gestos imitando um macaco. Na sequência, Luighi, à beira do gramado, também sofreu ofensas racistas e ainda recebeu cusparadas.

Ele tentou alertar o árbitro, que não paralisou a partida. Ao final do jogo, Luighi, chorando, mostrou sua indignação com o caso e cobrou a Conmebol.

"É sério isso? Não vai me perguntar sobre o caso de racismo que fizeram comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso, me fala! O que fizeram comigo foi um crime. Não vai perguntar sobre isso? Vai perguntar sobre o jogo mesmo? A Conmebol vai fazer o que sobre isso? A CBF, sei lá... Não ia perguntar sobre isso, né? A gente é formação, estamos aprendendo aqui", disse em entrevista oficial da Conmebol, transmitida pelo SporTV.

Pouco depois do ocorrido, Luighi foi flagrado chorando no banco de reservas. O árbitro não paralisou a partida pelo ocorrido, apenas parou brevemente para apartar a aglomeração que foi criada entre os jogadores. (Com Gazeta Esportiva)

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