Fortaleza homenageia comunidade surda em jogo contra o Sport na Arena Castelão
Torcedores surdos visitaram o Pici e terão bandeirinhas de escanteio personalizadas na Arena Castelão durante a partida deste fim de semana
Na partida decisiva do Fortaleza contra o Sport, neste sábado, 27, o Leão do Pici fará uma homenagem à comunidade surda. Todas as bandeirinhas de escanteio da Arena Castelão, palco do confronto, serão personalizadas em referência ao Setembro Azul, campanha que celebra a cultura surda e reforça a luta por inclusão e acessibilidade.
Antes da ação no Gigante da Boa Vista, o Tricolor recebeu membros da Associação dos Surdos do Ceará (Asce) no Centro de Excelência Alcides Santos, no Pici. O grupo visitou nessa quinta-feira, 25, a Sala de Troféus Flávio Novais, o campo de treinamento e outros espaços da sede tricolor, em atividade realizada durante a semana em que se celebra o Dia Nacional do Surdo, em 26 de setembro.
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Presidente do Fortaleza, José Rolim Machado ressaltou a importância de abraçar a causa recebendo os membros da Associação: "É um orgulho para nossa Instituição presenteá-los não apenas com esse tour especial no Pici, mas também convidá-los para o jogo de sábado, que será um momento único para todos os presentes e para o Fortaleza".
Para a presidente da ASCE, Rebeca Jordão, a iniciativa amplia a visibilidade da comunidade. “O Fortaleza nos presenteou com um momento de verdadeira inclusão ao abrir as portas da sua sede para a comunidade surda. Essa ação fortalece a luta por uma sociedade mais justa e inclusiva”, afirmou a representante.
Setembro Azul
O Setembro Azul, também chamado de Setembro Surdo, marca um período de conscientização pela visibilidade da comunidade surda no Brasil. Além de reforçar a importância da Língua Brasileira de Sinais (Libras), a campanha rememora episódios históricos, como a criação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), em 1857, e o Dia Internacional das Línguas de Sinais, celebrado em 23 de setembro.
A escolha da cor azul tem dupla simbologia: lembra a opressão vivida por pessoas surdas no passado, quando eram identificadas por braçadeiras azuis em regimes autoritários, mas também se tornou símbolo de orgulho e resistência da comunidade.
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