"Correr e lutar são bases inegociáveis", avisa Paiva sobre postura do Fortaleza

"Correr e lutar são bases inegociáveis", avisa Paiva sobre postura do Fortaleza

Apresentado no Tricolor, novo comandante fala sobre o que espera dos atletas nas partidas: "Se o jogador não correr, o treinador tira"

Apresentado em longa entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, 18, o novo técnico do Fortaleza, Renato Paiva, explicou qual postura espera ver da equipe em campo sob o seu comando e pediu que a torcida demonstre apoio aos jogadores durante as partidas.

O português foi questionado sobre os protestos e a insatisfação da torcida com o desempenho da equipe na temporada, não apenas em resultados, mas também quanto à dedicação dos atletas em campo. Paiva avisou que não abre mão da "atitude" e ponderou que o clube carrega valores que precisam ser representados em campo.

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"É uma nova história. Em relação a raça, entrega e tudo mais, para mim, é inegociável a atitude. Eu disse aos jogadores: 'Eu não vos posso obrigar a ganhar, agora eu posso obrigá-los a querer ganhar'. Eles são obrigados a querer ganhar. Hoje em dia, no futebol moderno, há uma coisa que é inegociável: correr. Correr e lutar são bases inegociáveis para que, depois, todo o resto, a técnica, a tática... Funcionem como equipe. Pedir a um jogador para correr, eu, enquanto treinador, é a mesma coisa do presidente me pedir para vir trabalhar todos dias. Isso é inegociável. E quem não fizer isso não vai jogar", afirmou o novo comandante do Leão.

Com apenas dois dias de treinos e estreia marcada para este sábado, 19, diante do Bahia, no Castelão, pela Série A, Paiva deixou claro que só irá contar com os atletas que se enquadrem nesta filosofia e ressaltou que ainda existirão erros técnicos dos jogadores nas partidas.

"Essa é a minha mentalidade, foi assim que eu aqui cheguei, foi assim que eu tive êxito. O futebol moderno não permite que corram sete e fiquem três a olhar, que ataquem seis e fiquem quatro atrás. Não permite, não dá. Isso, para mim, nesse nova história, é inegociável. Quem quiser entrar no barco, fantástico, vai ter tudo de nós. Quem não quiser entrar no barco... Porque é um emblema que tem uma história construída a pulso, com trabalho, dedicação e esses valores têm que se ver dentro do campo. Depois, pode ter um dia de mais talento, menos talento, tecnicamente melhor, falhastes (errastes) mais passes, falhastes menos passes, mas a torcida vai ver que a equipe entregou, correu. Isso é o mínimo", avisou.

Jogadores criticados

O treinador português também sobre os jogadores do elenco que são alvo de críticas da torcida pelo desempenho em 2025. Renato Paiva pediu que os torcedores apoiem os atletas nos confrontos no Castelão, podendo vaiar ou reclamar no intervalo e depois do apito final. Ele também garantiu que não se incomoda de ser cobrado, desde que as arquibancadas valorizem o time.

"Em relação aos jogadores mais queridos e menos queridos, o que eu gostaria de dizer à torcida é que há uma nova história. Queria que a torcida, com carinho, apoiasse essa nova história. E apoiar essa nova história não é o treinador. Podem passar 90 minutos a insultar-me, não há o mínimo problema, desde que os 11 (jogadores) que lá estão (em campo) e os outros que entrem dentro de campo tenham o calor, o carinho e o apoio da nossa torcida. Não conheço ninguém que tenha apoio ao ser hostilizado, não conheço ninguém que consiga render e performar, seja no futebol ou em outra área, ao ser mal tratado", ponderou.

"Neste momento e enquanto a bola rolar, eu peço apoio aos jogadores. Tratem os jogadores bem. Se o jogador falhar (errar) um passe, ele não falha de propósito; se um jogador falhar um gol, ele não falha de propósito. E se o jogador não correr, o treinador tira. A torcida fique tranquila. Se o jogador não correr, o treinador tira. Agora, falhou um passe, falhou um desarme... Quem é que não erra na vida? É essa a postura que nós pedimos: ajudem os jogadores nos 90 minutos. No intervalo ou no final do jogo, batam palmas, assobiem (vaiem), insultem, conforme seja a disposição deles. Mas durante, por favor, levem os jogadores ao colo durante os 90 minutos", completou o treinador.

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