Liberação do chefe, horas extras e até cofre: torcedores do Fortaleza ocupam ruas de Buenos Aires

Tricolor fará a primeira partida fora de casa pela Copa Libertadores, contra o River Plate, na Argentina, nesta quarta-feira, 12

Para um apaixonado por futebol, mais precisamente por um clube, é difícil mensurar o que pode ser feito por amor. Apertar as economias, negociar novos dias de trabalho com chefe e até deixar a empresa para trás estão entre empecilhos superados pelos torcedores do Fortaleza.

Os mais de 4 mil quilômetros que separam a capital alencarina de Buenos Aires exigiram sacrifícios do torcedor tricolor que sonhava em acompanhar o time em um jogo fora de casa pela Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, 13, o Leão entra em campo no Monumental de Nuñez para encarar a tradicional equipe do River Plate.

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Para Luciano Júnior, 29, e Raquel Teixeira, 35, que namoram há dez anos, esta será a primeira vez que poderão acompanhar um jogo do time do coração juntos, longe do Castelão.

"O planejamento foi providencial. Primeiro, ele conseguiu tirar férias, já eu tive que pagar os meus horários. Fiz um acordo com minha chefe. Ficava até 20 horas no trabalho, por mais de um mês fiz isso para compensar os oito dias que vamos passar aqui", relatou Raquel.

A torcedora conta que não conseguiu acompanhar o Fortaleza em 2020, quando o Tricolor também esteve em Buenos Aires. Na ocasião, o Leão realizou a estreia na Copa Sul-Americana, diante do Independiente. Para Luciano, a expectativa para o jogo só aumenta com o passar das horas.

"Estávamos nos preparando para esse jogo há muito tempo e disputar a Libertadores era um sonho que estamos vendo se realizar e, mesmo assim, a gente não acredita. Estou em Buenos Aires para ver o Fortaleza jogar contra o River Plate", destacou.

Para o empresário Isaac Maranhão, 28, a empresa teve que ficar para trás por uns dias. O torcedor explica que todo o sacrifício é válido para acompanhar o time em um jogo histórico. "O maior problema para estar aqui é o trabalho, mas confio na equipe que ficou lá, vai dar tudo certo", disse.

Isaac relata que a viagem exigiu muito planejamento de sua parte, não só em relação ao trabalho, mas também na parte financeira. A ida para a Argentina só foi possível graças a uma ideia da sua companheira, que ficou no Brasil.

"Pra chegar até aqui não foi fácil, contei com a ajuda da minha namorada. Fizemos um cofre para que não ficasse tão apertado na hora de comprar as coisas. Quando o Fortaleza começou a ganhar sem parar no Brasileirão, ela lançou a ideia e assim fizemos", explicou.

Luiz Carlos e Jorge Henrique, torcedores do Fortaleza, em Buenos Aires para jogo contra o River Plate
Luiz Carlos e Jorge Henrique, torcedores do Fortaleza, em Buenos Aires para jogo contra o River Plate (Foto: Gabriel Borges/O POVO)

No caso de Luiz Carlos, 47, a alegria da realização de um sonho passou pela compreensão dos colegas de trabalho, que liberaram o tricolor durante cinco dias dentro da empresa em que trabalha.

"Eu tive que pedir folga na empresa. Me deram cinco dias, foram muito generosos comigo, só posso agradecer. Falei a verdade. As pessoas sabem da minha história e da minha relação com o Fortaleza", comentou.

Luiz revela ter boas expectativas em relação ao jogo e diz confiar no trabalho realizado por Vojvoda. "A minha expectativa é muito boa. Sei que o Vojvoda conhece o River Plate, ele sabe como o time deles joga. Confio que o Fortaleza não faz três partidas ruins, tivemos duas partidas difíceis, time jogou mal, mas boto fé que no jogo sairemos com o resultado positivo", finalizou.

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