Justiça indefere pedido de chapa e mantém eleição do Ferroviário para este sábado, 1º

Justiça indefere pedido de chapa e mantém eleição do Ferroviário para este sábado, 1º

Juiz da 38ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza aponta "falta de fundamentação jurídica" em pedido do grupo "Futuro, Orgulho e Tradição" e manteve data do pleito

O juiz Fernando Teles de Paula Lima, da 38ª Vara Cível da Comarca de Fortaleza, rejeitou o pedido de adiamento da chapa "Futuro, Orgulho e Tradição" e manteve a data da eleição à presidência do Ferroviário para este sábado, 1º. A decisão foi publicada no início desta sexta-feira, 31.

Em ação protocolada no dia 22 deste mês, o grupo político requisitava a lista de associados do Ferroviário e dados referentes a categoria de associação, data de ingresso e situação de adimplência. Junto das informações envolvendo os sócio-torcedores, a ala reclamante também pediu detalhes sobre os títulos patrimoniais expedidos pela agremiação.

Em contato com o Esportes O POVO, Abdon Paula Neto, presidente do Conselho Deliberativo, afirmou que o clube cumpriu com todos os requisitos presentes no estatuto e no edital das eleições. No dia 23 de setembro, foi divulgado edital de registro e "não houve nenhuma impugnação por parte da chapa citada e nem pedido de informação a partir daí", afirma.

O grupo político também requisitou o adiamento em 25 dias, contados a partir de 1º de novembro, das eleições do clube. 

Com o pleito confirmado, a votação para escolher presidente e vice da Diretoria Executiva e do Conselho Deliberativo do Ferrão acontece neste sábado, na sede do clube, na Barra do Ceará, de 9 horas às 18 horas. Newton Filho e Rodger Raniery são os candidatos ao cargo de mandatário da equipe coral.

Justiça aponta "falta de fundamentação jurídica"

Na decisão, o magistrado Fernando Teles de Paula Lima afirmou que não há artigo nos documentos publicados pelo Tubarão que garanta direito às informações solicitadas pelo grupo político.

Em relação ao pedido de adiamento do pleito eleitoral, foi avaliado que o estatuto o clube não impõe como condição para a realização da corrida eleitoral a disponibilização das informações dos associados da equipe. Logo, não seria possível requisitar anulação ou adiamento das eleições por tal motivo.

"Dessa forma, ausentes os requisitos previstos no artigo 300 do CPC, não há fundamento jurídico para o deferimento da tutela requestada", diz a decisão. "Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de tutela de urgência formulado pela parte promovente, mantendo a realização da Assembleia Geral Ordinária designada para o dia 1º de novembro de 2025, destinada à eleição dos membros do Conselho Deliberativo e da Diretoria Executiva do Ferroviário Atlético Cearense", conclui.

O que dizem as duas chapas?

A chapa "Futuro, Orgulho e Tradição", autora da ação judicial, mantém a opinião de que ainda existem documentos pertinentes à corrida eleitoral que não foram apresentados pelo clube.

"Recebemos com naturalidade a decisão judicial que entendeu por manter a data das Eleições do clube, tendo em visto que a ação judicial é cautelar, ou seja, preparatória de uma ação principal. O que se busca no momento é que sejam sanados vícios que demonstram falta de lisura e imparcialidade no pleito, pois entendemos que documentações pertinentes ainda não foram apresentadas à Chapa, pelo Presidente do Conselho Deliberativo", afirma a chapa, em nota.

"Foram feitos seis pedidos e apenas dois foram apreciados de forma parcial. O Magistrado decidiu que analisará posteriormente. Portanto, a ação judicial seguirá seu curso, assim como outras ações podem ser protocoladas com o desenrolar desta. É importante que o torcedor continue atento às Eleições e o aparelhamento do clube, pois acreditamos que a justiça será feita, tanto nas urnas quanto no tribunal", conclui.

Já a chapa "Amor e Lealdade" se mostrou satisfeita com a decisão da Justiça Comum.

"As eleições marcadas para o dia 1º de novembro, das 9h às 18h, estão em total conformidade com o Estatuto do Clube e com o calendário aprovado pelas instâncias competentes. É fundamental que o processo democrático seja respeitado e que os sócios possam exercer plenamente seu direito de voto, escolhendo de forma livre e consciente o futuro que desejam para o Ferroviário", aponta o grupo.

"Mais do que um ato formal, a eleição é um momento de fortalecimento institucional e de reafirmação dos valores que sempre marcaram a história do nosso clube", afirma.

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