Justiça penhora R$ 52 milhões da CBF após acordo em dívida com o Icasa não prosperar

Mesmo com a decisão favorável, Francisco França, presidente do Verdão do Cariri, acredita que a decisão foi equivocada: "Não sabemos até que ponto isso é bom ou não para o Icasa"

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) condenou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e penhorou R$ 52 milhões da entidade após acordo em dívida com o Icasa não prosperar. A decisão, apesar de ser favorável ao Verdão do Cariri, não agradou o presidente Francisco França. Segundo o mandatário, a solicitação para o prosseguimento do processo realizado pelo advogado ocorreu sem o consentimento do clube.

"Não sabemos até que ponto isso é bom ou não para o Icasa. Estávamos em negociação e nós não autorizamos o advogado a tomar essa atitude no momento. A CBF ainda pode recorrer, porque ainda tem a terceira instância, e isso pode demorar um, dois ou três anos para que chegue alguma decisão. No momento em que eu estava negociando com as partes, não tinha que entrar um terceiro no meio e fazer algo dessa natureza. Ficou mal para nós", disse Francisco França em entrevista à rádio CBN Cariri.

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A ação movida pelo Icasa contra a CBF aconteceu em 2014 sob a justificativa do Figueirense ter escalado o atleta Luan Niedzielski de forma irregular, portanto, a vaga para a Série A de 2014 deveria ser do Verdão do Cariri. A equipe catarinense terminou na quarta colocação da Série B de 2013, com um ponto de vantagem para o clube de Juazeiro do Norte (CE). Posteriormente, a entidade reconheceu o erro.

"Naquele período foi solicitado um valor de R$ 18 milhões. Depois, mais R$ 3 milhões por danos morais. Esse valor corrigido hoje chega a R$ 52 milhões. Desde então, o Icasa vem sofrendo. Esse processo da CBF causou um dano muito grande ao Icasa. Hoje, temos 180 ações trabalhistas, não é brincadeira. O Icasa deve em torno de R$ 15 milhões, um time do interior jamais pode pagar algo desse tamanho. Deixaram o Icasa sem sobrevivência", explicou o presidente do Verdão do Cariri.

Nesta temporada, o Icasa disputou apenas o Campeonato Cearense. Fora de todas as competições nacionais e com calendário enxuto, o mandatário do Verdão teme pelo futuro do clube nos próximos anos caso um acordo com a CBF não seja firmado.

“Esses R$ 52 milhões não é o que vai ser pago. Quando se recorre de uma causa, pode mudar muitas coisas. O valor da causa principal é de R$ 21 milhões, então tem juros e correção monetária que podem ser derrubados. A CBF recorrendo, esse processo pode durar mais dois ou três anos, e o Icasa não teria mais condições de sobrevivência. A melhor situação é o acordo. Nós vamos procurar fazer o que for melhor para que o Icasa não seja prejudicado."

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