Estudantes cearenses recebem premiação do Ministério da Ciência em Brasília

Irmãos foram premiados durante cerimônia, que contou com a presença do ministro Marcos Pontes. Cearense atingiu a nota mais alta dentre os quase três milhões de estudantes que participaram da olimpíada

Medalhas, certificados e um troféu simbolizam o reconhecimento de anos de dedicação aos estudos de três estudantes cearenses que pertencem à mesma família. Os gêmeos Rachel Pinheiro Esmeraldo e Ronaldo Pinheiro Esmeraldo, de 12 anos, e a irmã mais velha Judith Pinheiro Esmeraldo, 15, foram premiados pelo resultado de destaque na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC), que integra o Programa Ciência na Escola. A cerimônia de premiação ocorreu no último dia 7, em Brasília, e contou com a presença do astronauta e ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. 

A Olimpíada conta com a junção de cinco relevantes sociedades científicas: a Sociedade Brasileira de Física (SBF), a Associação Brasileira de Química (ABQ), o Instituto Butantan, a Sociedade Astronômica Brasileira e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

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Os gêmeos conquistaram juntos o ouro da ONC, tendo Rachel a nota mais alta entre os quase três milhões de estudantes que participaram do evento, o que lhe rendeu um troféu. "Foi uma honra ter sido convidada para participar da solenidade em Brasília, e receber a premiação das mãos do ministro e astronauta brasileiro, o Marcos Pontes", relata Rachel, que ainda destacou a sua vontade futura de retornar à capital federal.

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Ronaldo também não escondeu a sua felicidade de estar ao lado do único astronauta brasileiro a ir para o espaço, que atualmente ocupa o cargo de ministro do MCTI. "Fiquei impressionado com a oportunidade de conhecer o ministro e astronauta Marcos Pontes. Eu havia ficado muito contente com a minha performance na ONC, mas não imaginaria que iria à Brasília conversar com o ministro", relata.

De acordo com a mãe dos jovens, Petrúcia Pinheiro, a trajetória da irmã mais velha, Judith, que ficou com a medalha de prata na ONC, serviu de inspiração para os mais novos. "Eu acho que eles começaram a ver a Judith empolgada participando de olimpíadas, ganhando medalhas e eles quiseram também, foi esse o caminho, o bom exemplo da irmã mais velha" destaca Petrúcia ao mencionar outras conquistas da filha, como o ouro em olimpíadas de química, física, robótica e astronomia.

Orgulhosa do grande resultado alcançado pelos filhos, Petrúcia, que é médica, assim como o seu esposo, relata que a educação sempre foi valorizada no meio familiar. A mãe explica que não gostaria que os filhos enxergassem os estudos como um fardo pesado.

"Seria terrível se as crianças não gostassem de estudar. Mas eu não queria que eles encarassem como uma obrigação, eu queria que fosse algo que eles almejassem mesmo, que eles percebessem a importância, sentissem o quão legal é conhecer coisas novas", destaca.

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Mesmo com tamanho investimento da família, seja na dedicação de tempo ou na aplicação financeira, Petrúcia divide o sucesso das conquistas com uma classe que, para ela, merece ser bastante exaltada: a dos professores.

"Os nossos professores, do Ceará, precisam ser muito valorizados, porque, realmente, os estudantes cearenses, se você for observar, são maioria em aprovações no ITA. Já temos essa tradição dos meninos mais velhos, que alcançam colocações excelentes nas principais seleções do Brasil", completa, ao destacar que os bons resultados estão chegando para estudantes cada vez mais jovens.

Ainda sobre a cerimônia em Brasília, Petrúcia relata que os filhos carregam o sentimento de gratidão, além de se sentirem parte da história. Como mãe, ela descreve a felicidade de vivenciar tal experiência ao lado dos filhos.

"Me sinto extremamente orgulhosa, a sensação de que tudo foi válido. A gente sempre investiu muito na educação das crianças. O nome da Rachel está escrito no Troféu da Olimpíada, porque foi a maior nota do Brasil. Isso, você imagina, como mãe eu tive uma experiência extrassensorial", descreve.

Devido ao destaque na ONC, além da premiação, a estudante Rachel Pinheiro Esmeraldo foi convidada para acompanhar o próximo lançamento no Centro Espacial de Alcântara, base brasileira de lançamento de foguetes, localizada no Maranhão. A jovem também foi convidada para acompanhar a movimentação de um navio da Marinha brasileira, ambos os convites serão custeados pelo MTCI.

Por fim, Petrúcia revela que quase não aceitou o convite para ir até Brasília com os filhos, por temer o risco de exposição ao coronavírus, durante o cenário pandêmico atual. Entretanto, tomando todos os cuidados, ela reconhece que a experiência valeu a pena. "Que bom que eu fui porque foi uma experiência ímpar pra eles. Acho que vai ficar sempre na memória, foi a construção de algo para o resto da vida", finaliza.

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