Covid-19: Fortaleza tem cenário de "baixa transmissão", aponta SMS

O número de atendimentos em postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) se estabilizou após quedas semanais sucessivas

Fortaleza atingiu o menor número de positividade de amostras de Covid-19 pela segunda semana seguida desde outubro de 2021, de acordo com boletim da Secretaria Municipal da Saúde divulgado nesta quarta-feira, 23. Entre os dias 15 e 22 de março, a proporção de positividade foi de 1,5%, enquanto na semana anterior foi de 1,8%. A pasta considera que a Capital enfrenta cenário de “baixa transmissão” da doença e destaca que evidências sugerem que o terceiro ciclo epidêmico da pandemia está encerrado.

O documento indica ainda que a média móvel de casos caiu 81% em relação ao registrado há duas semanas, passando de 30,7 para 5,9 casos. A magnitude da redução, contudo, pode estar associada ao retardo da notificação dos casos mais recentes, segundo a SMS.

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Outro dado apontado pela secretaria é o atendimento em postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A demanda assistencial se estabilizou, chegando ao nível anterior à terceira onda, após sucessivas semanas de diminuição.

Em relação aos óbitos em decorrência da crise na saúde, o número também caiu, segundo os dados preliminares. Entre 15 e 21 de março, o valor foi de 0,4, enquanto há duas semanas o indicador marcou 0,7 mortes. “A tendência atual continua de declínio do número de óbitos a cada 24 horas, embora mais lento, pelo pequeno número de eventos fatais, do que observado nos casos”, indica a SMS. Na terceira onda, o pico da média móvel de óbitos aconteceu em 26 de janeiro, com 23,9 mortes.

O aumento da mortalidade nesse ciclo epidêmico, conforme a SMS, aconteceu devido à introdução de uma variante altamente transmissível. Embora em tese seja menos agressiva, causou casos graves, principalmente, em indivíduos não vacinados e naqueles mais idosos com comorbidades e sem a dose de reforço.

Nacionalmente, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse em janeiro que a maioria dos internados pela Covid-19 hoje em hospitais e UTIs é formada por pessoas que não tomaram a vacina ou não completaram seu esquema vacinal.

Em 2022, os casos de Covid-19 se concentraram na Capital principalmente nos bairros de alto IDH, partindo do Meireles e expandindo-se para bairros como Aldeota, Dionísio Torres, Papicu e Cidade 2000. A secretaria aponta que o dado pode ter relação com o maior acesso da população dessa região a testes diagnósticos da doença. Enquanto isso, a região sudeste do município, na Regional VI, continua sem concentração significativa de mortes.

Confira números divulgados no boletim

- Média móvel de casos

Últimos sete dias: 5,9

Há duas semanas: 30,7

- Média móvel de mortes

Últimos sete dias: 0,4

Há duas semanas: 0,7

- Número de mortes por mês (2022)

Janeiro: 459

Fevereiro: 231

Março: 33 (até 21/03)

- Taxa de mortalidade* por regional (desde o início da pandemia)

Regional I: 396,3

Regional II: 473,2

Regional III: 405,3

Regional IV: 475,4

Regional V: 389,8

Regional VI: 323,7

*Taxa de Mortalidade acumulada por bairro = Número total de mortes do bairro/População do bairro x 100.000 habitantes

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