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Repescagem de vacina infantil lota Centro de Eventos de crianças

Além da vacinação de quem perdeu a data da primeira dose, pelo menos 10.100 crianças foram agendadas para tomar o imunizante contra a Covid-19 neste fim de semana

Uma hora antes de os portões do Centro de Eventos se fecharem neste domingo, 23, às 16 horas, famílias ainda chegavam com crianças para serem vacinadas. Segundo a Prefeitura de Fortaleza, 4 mil crianças foram agendadas para receberem a primeira dose do imunizante contra a Covid-19 neste domingo. A vacina, porém, também estava disponível para aquelas que perderam agendamento prévio. A repescagem começou ainda nesse sábado, 22.

A espera nas filas de 11h às 15 horas valeu a pena para Magda Maria Alves, 49, que viu a filha Isabela, 10, tomar a primeira dose. “Como mãe, eu estava super-ansiosa porque minha filha imunizada é algo histórico, eu me emocionei. Quando a gente chegou pra fazer o cadastro eu já tava chorando”, disse a engenheira.

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Para Isabela, o momento foi tranquilo, mas ela expressou ter medo de reações adversas. Magda, no entanto, prontamente acalmou a filha. “Ficam espalhando essas fake news pras crianças, mas a gente sabe que são vacinas seguras”, disse a engenheira.

Diferentemente de Isabela, que estava agendada para este domingo, Ramon Filho, 6, foi vacinado na repescagem após perder por um dia a data em que foi chamado. O menino, que tem diagnóstico de autismo, faz parte do grupo de crianças com deficiência que começou a ser vacinado no sábado, 22.

Ramon Filho, 6 anos, perdeu a data marcada para receber o imunizante no sábado, 22, mas foi atendido neste domingo, 23, no Centro de Eventos.
Ramon Filho, 6 anos, perdeu a data marcada para receber o imunizante no sábado, 22, mas foi atendido neste domingo, 23, no Centro de Eventos. (Foto: Thais Mesquita)

“Tô chocada que ele não chorou! Desde de manhã a gente vem explicando tudo direitinho, a rotina inteira do que ia acontecer”, explicou a tia de Ramon, Raiane de Paula, 23. A jovem acompanhou o sobrinho e tirou dúvidas sobre o imunizante com as vacinadoras. “Ele toma medicações, eu até perguntei para ela (vacinadora) se tinha problema, mas ela disse que não tem nenhuma interferência.”

Para Miguel Gonçalves, 10, a primeira dose da vacina que recebeu representa estar cada vez mais perto de retornar às aulas de forma presencial. A mãe do menino, Calliandra Diógenes, 43, explicou que ele já havia retornado a escola em 2021, mas, com a alta no número de casos de Covid-19, ela preferiu esperar o imunizante antes de mandar Miguel para o colégio em 2022.

“Esse ano eu ia deixar ele voltar normalmente, no entanto, teve essa terceira onda e eu não permiti”, disse Calliandra, que afirmou que daqui a 20 dias, quando Miguel criar anticorpos para a doença, ele deve voltar ao convívio dos colegas e professores. A decisão deve ser estendida para a irmã gêmea de Miguel que, por um erro no sistema de cadastro, segundo Calliandra, não conseguiu ser agendada para o mesmo dia do irmão.

O cuidado da mãe é compreendido por Miguel, que diz ficar triste com a “irresponsabilidade dos outros”. “Eles deveriam ter ficado mais em casa, comemorar (festas de fim de ano) com a família, mas aí acharam que tava tudo bem, tiraram as máscaras, e por causa deles eu não pude voltar”, lamenta o menino.

Crianças acamadas começam a ser vacinadas nesta segunda-feira, 24

A partir desta segunda-feira, 24, crianças restritas a leito também deverão receber o imunizante contra o coronavírus. Segundo informações do prefeito de Fortaleza, José Sarto  (PDT), 120 pequenos de 5 a 11 anos serão atendidas em domicílio. A vacinação desse público continua acontecendo simultaneamente por faixa etária, com comorbidade e deficiência permanente.

Documentos necessários para a vacinação infantil

Para que a criança seja vacinada é preciso apresentar o número do Cartão Nacional de Saúde (CNS) e um documento oficial de identificação, seja a certidão de nascimento, a carteira de identidade ou o passaporte. Também é necessário apresentar um documento original com foto do responsável.

Crianças com comorbidades ou deficiências permanentes devem apresentar ainda o atestado, relatório ou prescrição médica indicando o motivo da priorização da vacina. A cópia do documento comprobatório da comorbidade ou deficiência também deve ser entregue aos vacinadores no momento da aplicação.

De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), aquelas crianças que são atendidas pela Rede de Atenção Primária do Município (postos de saúde) e Psicossocial (Caps) podem apresentar cópia impressa do Registro Eletrônico de Atendimento que deve conter a estratificação de risco da comorbidade ou deficiência.

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