Países da UE tentam coordenar resposta à variante Ômicron

A ômicron provoca "especial preocupação por sua capacidade de propagação rápida e de pressionar nossa sociedade e nossos sistemas de saúde", afirmou o primeiro-ministro irlandês Micheal Martin

Os líderes da União Europeia (UE) tentam coordenar nesta quinta-feira, 16, a resposta ao avanço dos contágios da Covid-19 e à rápida propagação da variante ômicron, que levou diversos países membro a restringir as entradas em seus territórios de forma unilateral.

A ômicron provoca "especial preocupação por sua capacidade de propagação rápida e de pressionar nossa sociedade e nossos sistemas de saúde", afirmou o primeiro-ministro irlandês Micheal Martin ao chegar para a reunião de cúpula em Bruxelas.

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"Hoje buscaremos uma coordenação maior em várias frentes", completou.

O agravamento da situação de saúde no continente se tornou uma prioridade do encontro, que também abordará as tensões entre Rússia e Ucrânia, o controle migratórios após a crise em Belarus e o aumento dos preços da energia.

As previsões da Comissão Europeia apontam que a nova variante, ainda mais contagiosa que as anteriores, será a dominante no continente em meados de janeiro.

O rascunho das conclusões da reunião, ao qual a AFP teve acesso, defende que "a aplicação de vacinas para todos e as doses de reforço são cruciais".

O continente apresenta uma boa taxa de vacinação, com 67% da população com as duas doses.

Mas alguns países estão muito atrasados. Nove dos 27 membros apresentam taxas inferiores a 60%. Bulgária, Romênia e Eslováquia continuam abaixo de 50%.

 

"A chave é seguir com a vacinação", afirmou o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez. O país, que tem uma das maiores taxas do continente, iniciou na quarta-feira a imunização de crianças de 5 a 11 anos.

Os governantes também podem abordar o tema da vacinação obrigatória, que Áustria e Alemanha se preparam para adotar em 2022. A aplicação da medida, no entanto, será uma decisão de cada país, e não comunitária.

O Centro Europeu para para a Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) advertiu que a vacinação "não é suficiente" para frear as transmissões e defendeu o retorno de medidas como o teletrabalho, o uso de máscara e a limitação da capacidade em espaços públicos.

A Europa deve esperar "novas medidas", afirmou o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis, que descreveu a situação como uma "batalha contra o tempo".

Em um exemplo destas restrições, a França proibirá a partir de sábado as viagens não essenciais a partir do ou para o Reino Unido devido à rápida propagação da ômicron neste país, que não integra mais a UE.

Mas a variante também provocou o retorno das restrições de mobilidade entre países da UE, algo que parecia no passado desde a adoção, em julho, do passaporte sanitário europeu que permitia aos vacinados viajar sem a necessidade de testes ou quarentenas.

Itália, Irlanda, Portugal e Grécia intensificaram as restrições de entrada a partir de Estados membros, com a exigência de testes de PCR inclusive para visitantes vacinados.

A Comissão Europeia recordou que as medidas unilaterais devem ser "proporcionais" e com a duração o mais curta possível.

 

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