Covid: França detecta 110.000 passaportes sanitários falsos

As prisões têm como alvo tanto os usuários destes passaportes falsos quanto as redes de traficantes

Cerca de 110.000 passaportes falsos circulam na França - disseram nesta quinta-feira, 16, à AFP fontes próximas ao ministro do Interior, Gérald Darmanin.

Desde a introdução no verão boreal (inverno no Brasil) da obrigação de apresentar este passe para ter acesso a determinados lugares, "houve uma centena de detenções no âmbito das 400 investigações abertas", disse Darmanin na rede France 2.

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As prisões têm como alvo tanto os usuários destes passaportes falsos quanto as redes de traficantes, informou sua equipe.

"O problema dos passaportes sanitários falsos é que, muitas vezes, são feitos em cumplicidade com médicos ou enfermeiras reais", afirmou o ministro, acrescentando, no entanto, que "isso é muito difícil de provar".

A Justiça já impôs sentenças de prisão condicional e, "às vezes", de cumprimento obrigatório, especialmente para "usuários", acrescentou Darmanin. As penas podem ir até cinco anos de prisão.

O ministro do Interior disse, porém, ser favorável ao arquivamento do processo contra as pessoas que usarem um passaporte sanitário falso, caso desejem voltar a cumprir a lei.

De acordo com os últimos números, quase 3.000 pacientes estão em reanimação, e o número deve chegar a 4.000 durante as festas de fim de ano, disse o porta-voz do governo, Gabriel Attal.

Hoje, na França, o passaporte sanitário é imprescindível para se ter acesso a bares, restaurantes e museus, assim como a hospitais e lares para idosos. Exceções são permitidas em casos de emergência. Desde sábado, também é obrigatório nas estações de esqui.

Para obtê-lo, é necessário comprovar o esquema de vacinação completo, ter-se recuperado da covid-19 recentemente, ou apresentar um teste de diagnóstico negativo. Neste último caso, permite-se seu uso por 24 horas desde o final de novembro.

 

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