OMS questiona terceira dose da vacina; entenda

A terceira dose do imunizante não é consenso entre os pesquisadores enquanto houver lugares em que a vacina não chegou

A polêmica em torno da terceira dose (D3) da vacina tem ganhado holofotes em todo o Mundo. O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom, afirmou que a decisão de aplicar uma vacina de reforço naqueles que já foram imunizados contra a Covid-19 é um erro de política pública. “No momento atual, é como jogar uma segunda boia para alguns enquanto outros estão se afogando ao lado”, afirmou, no último dia 25 de agosto. Fortaleza iniciou, nesta quarta-feira, 9, a aplicação da terceira dose da vacina no Lar Torres de Melo.

Além de ser um problema de ordem moral, a terceira dose é, para os diretores da OMS, um erro de política pública. Para Kate O’Brien, diretora de imunização da OMS, os tomadores da decisão não devem usar os recursos já escassos como a vacina para uma aplicação “sem comprovação científica, desviando-a de suas duas principais prioridades no momento: evitar mortes e impedir o surgimento de variantes mais perigosas”, defende.

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Mesmo não sendo recomendada pela OMS, os governos brasileiros têm optado pela aplicação de reforço em parte da sua população, principalmente para tentar conter o risco da variante Delta, que é mais contagiosa.

O titular do Ministério da Saúde (MS) Marcelo Queiroga criticou, no último dia 16 de agosto, em discurso feito em Campo Grande (MS), a possibilidade de “um grande município” oferecer a dose extra. Queiroga se referia ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que disse, no dia anterior, em entrevista à GloboNews, que pretende ofertar uma dose de reforço de vacina a idosos ainda neste ano.

O ministro defende que os municípios devam seguir o que foi definido pelo Programa Nacional de Imunizações e não criem regras próprias. “Como anunciar terceira dose se a gente não avançou ainda na primeira dose em 100% da população? Temos que ter os dados oriundos da ciência para tomar decisão”, disse Queiroga.

Já o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o médico Antonio Barra Torres disse acreditar que algumas das vacinas disponíveis no Brasil devem demandar uma terceira dose. “No dia de hoje ainda é difícil dizer qual. Isso é estudado no mundo inteiro”, aponta.

Na Bahia, o Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), ligado à Universidade Federal da Bahia (UFBA), vai conduzir um estudo para testar a eficácia de uma terceira dose da AstraZeneca. A pesquisa, autorizada pela Anvisa, vai analisar uma versão modificada da vacina que foi desenvolvida para proteger contra a variante beta.

Com informações do G1, Isto É e Folha de São Paulo

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