UFC só deve retornar presencialmente após imunização de professores e alunos, orienta sindicato

O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (ADUFC), divulgou uma nota em seu site, nesta terça-feira, 6, orientando acerca da volta presencial das aulas- liberada por decreto estadual. Segundo órgão, o retorno na Universidade Federal do Ceará (UFC) só deve acontecer mediante alguns fatores, um deles é após toda comunidade acadêmica receber imunização completa contra a Covid-19.

A retomada presencial das aulas em faculdades e em universidades cearenses foi liberada há cerca de duas semanas, após avaliação do Comitê de Saúde seguir constatando queda nos índices da pandemia no Estado. Na ocasião, ficou definido que entidades devem dar também opção do ensino remoto aos alunos.

Procurada pelo O POVO na época, a UFC afirmou que regressaria com atividades presenciais obrigatórias no dia 27 de setembro deste ano, quando está previsto o início do semestre letivo 2021.2. Até essa data, caberia ao docente decidir se realizaria ou não a retomada presencial de sua disciplina no semestre atual. Caso optasse por retomar, deveria continuar também ministrando no formato remoto a quem desejar. 

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Para se preparar, a entidade encaminhou aos gestores das unidades administrativas e acadêmicas da universidade um "ofício-circular" solicitando a "elaboração de planos de retorno gradual de servidores". O objetivo do documento, entre outros, é garantir que exista medidas sanitárias suficientes para a retomada.

Nesta terça, no entanto, o sindicato esteve reunido e discutiu a possibilidade do regresso presencial, conforme permitido por Governo, analisando ainda o planejamento realizado pela UFC para garantir isso. Representantes da ADUFC fizeram então críticas a entidade de ensino e elaboraram recomendações.

Retorno mediante imunização completa

Segundo sindicato, o retorno às aulas presenciais só deve acontecer em vista de três condições: "Quando toda a comunidade acadêmica (docentes, discentes e servidores) tiverem recebido imunização completa; quando tenham sido garantidas condições de infraestrutura para atividades híbridas; e quando o cenário epidemiológico estiver favorável, com baixa taxa de transmissão do coronavírus".

"Tais elementos são básicos para que tenhamos segurança da comunidade e condições efetivas de trabalho, o que cabe à universidade garantir", apontou o órgão no texto. Além disso, representantes criticaram o pedido feito pela reitoria de que gestores das unidades entreguem um plano de retorno gradual.

"A universidade solicitou aos gestores das unidades a entrega de planos de retorno gradual, acompanhamento e planejamento que deveriam ser coordenados pela administração superior, que é responsável pela efetivação de medidas sanitárias e outras decorrentes do contexto atual, como adaptação das salas de aula", pontuou o órgão, indicando que ato seria uma "transferência de responsabilidade".

Procurada novamente pelo O POVO, a reitoria afirmou que o processo de solicitação aos gestores é "natural" e ocorre porque eles seriam os "maiores conhecedores das distintas realidades observadas na Universidade". A entidade informou ainda que vai seguir com as diretrizes impostas no decreto, sem citar recomendações realizadas por sindicato.

Veja nota na íntegra:

O Gabinete do Reitor da Universidade Federal do Ceará informa que a Instituição vem se preparando para o retorno gradual de suas atividades presenciais. Alguns setores administrativos, inclusive, já atuam em regime de revezamento de seus servidores.

Informa, ainda, ser natural solicitar, aos gestores das unidades acadêmicas e administrativas da UFC, informações acerca das condições necessárias para o retorno presencial das aulas, tendo em vista serem os gestores locais os maiores conhecedores das distintas realidades observadas na Universidade. Essas informações serão base para um plano de retorno presencial robusto que considere as medidas sanitárias recomendadas pelas autoridades competentes e garanta a segurança da comunidade universitária no contexto da pandemia.

Por fim, comunica que seguirá as diretrizes contidas nos decretos publicados pelo Governo do Estado do Ceará, levando em consideração os contextos da pandemia de covid-19.

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