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Vacina contra coronavírus feita em Oxford evita pneumonia de macacos infectados com a doença

A pesquisa com os primatas teve inicio ainda em abril deste ano e funcionou por meio de divisão de etapas
20:31 | Ago. 04, 2020
Autor Redação O POVO
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Ensaio publicado na revista cientifica Nature, no último dia 30, apresentou mais um resultado positivo da vacina experimental contra o novo coronavírus que foi desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com o laboratório AstraZeneca. Conforme informações da Folha de S.Paulo, o medicamento impediu que macacos rhesus (Macaca mulatta) infectados com o vírus desenvolvessem pneumonia.

Segundo a reportagem, a pesquisa com os primatas teve inicio ainda em abril deste ano e funcionou por meio de divisão de etapas, em que foram formados três grupos com seis macacos em cada. O primeiro recebeu uma dose da vacina, o segundo duas doses em dias distintos e o terceiro recebeu apenas placebo. 

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Nos dois primeiros grupos, o aumento no nível de anticorpos neutralizantes já foram percebidos por cientistas, com efeitos notados de sete a nove dias após a injeção da vacina. Nos primatas que receberam as duas doses, o número de anticorpos foi ainda maior. Naqueles que receberam placebo — grupo de controle — não foi possível identificar anticorpos.

Quatorze dias após o teste, apenas os primatas que não receberam a vacina seguiram apresentando taxas comprometedoras do vírus no tecido pulmonar e nas vias respiratórias. Aqueles que receberam uma ou duas doses da vacina mostraram queda significativa da presença do vírus no organismo.

Expectativa de chegada da vacina ao Brasil

Esse foi apenas um dos ensaios da vacina que tiveram resultados positivos, reforçando a expectativa criada ao seu entorno — ela é uma das grandes promessas para ser o primeiro medicamento a imunizar população contra pandemia.

Na última semana, o Ministério da Saúde afirmou que negociou três toneladas da vacina para o Brasil, que começam a chegar ainda no final deste ano. Caso seja realmente comprovada a eficácia do medicamento e ele seja autorizado por órgãos competentes, o calendário de vacina terá inicio no mesmo período.

A primeira remessa deve ser entregue e aplicada em dezembro, possibilitando a imunização de 15,2 milhões de brasileiros — em caso de eficácia comprovada e aprovações em tempo hábil. A segunda remessa chegará entre dezembro deste ano e janeiro do próximo e terá o mesmo número de aplicações da primeira, já a terceira e última deve vir com 70 milhões de doses e ser aplicada entre março e abril de 2020. O Brasil tem população estimada em 209 milhões de pessoas, o que demandaria 418 milhões de doses da vacina.

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