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Trump revela estar tomando hidroxicloroquina para prevenir coronavírus

Apesar da falta de estudos científicos que comprovem a eficácia do medicamento e a larga quantidade de efeitos colaterais causados, o presidente dos Estados Unidos revelou estar ingerindo doses diárias da droga
19:33 | Mai. 18, 2020
Autor Redação O POVO
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O presidente americano, Donald Trump, fez uma revelação surpreendente nesta segunda-feira, 18, ao afirmar que está tomando hidroxicloroquina, medicamento antimalária que divide os especialistas médicos sobre sua eficácia no combate à infecção pelo novo coronavírus.

Destacando que testou negativo para a Covid-19 e que não tem sintomas da doença, Trump disse que está tomando o remédio "há cerca de uma semana e meia". "Eu tomo o comprimido todos os dias", afirmou, acrescentando que também toma zinco preventivamente.

Consultado sobre o porquê, ele disse, "porque eu acho que é bom. Ouvi um monte de boas histórias".

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A maioria dos testes para uso da cloroquina é para tratamento de pacientes graves. Depois de resultados iniciais promissores, a maioria das pesquisas têm descartado o uso do medicamento. Pesquisa norte-americana, inclusive, chegou a apontar o uso de hidroxicloroquina como tendo potencial de aumentar o risco de morte de pacientes

O uso preventivo, como profilaxia, seria um modelo diferente do estudado atualmente, já que a o medicamento era testado como alternativa emergencial, diante do quadro de efeitos colaterais que inclui aumento do risco de problemas cardíacos e alteração na visão. 

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Rejeitado por grande parte dos médicos, o medicamento tem sido amplamente defendido pelo ex-capitão Jair Bolsonaro (sem partido), presidente do Brasil. A droga foi motivo de entrevero dele com dois ex-ministros da Saúde do País, Henrique Mandetta — que alertou nesta segunda-feira, sobre o risco de aumento de mortes domiciliares em decorrência do uso da cloroquinae Nelson Teich. Ambos são médicos.

Logo após a saída de Teich, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, liberou o uso da cloroquina para todos os pacientes com coronavírus, não restringindo apenas aos em estado grave. A prerrogativa para uso do medicamento, porém, segue sendo dos médicos. A medida brasileira não contemplaria o caso de Trump, que diz usar a droga de forma preventiva. (Com AFP)

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