Participamos do

"Não se faz prescrição médica por decreto", critica secretário da Saúde de PE sobre cloroquina

Segundo André Longo, titular da Saúde em Pernambuco, existem "fake news" sendo divulgadas nas redes sociais de que as farmácias teriam recolhido a cloroquina e a hidroxicloroquina
16:58 | Mai. 18, 2020
Autor Jornal do Commercio
Foto do autor
Jornal do Commercio Autor
Ver perfil do autor
Tipo Notícia

"Daqui a pouco vai ter uma medida estabelecendo cloroquina pra todo mundo. Não se faz prescrição médica por decreto, nem por medida provisória. A prescrição é uma prerrogativa do médico". A frase, sobre o uso da cloroquina no tratamento dos pacientes com o novo coronavírus, é do secretário de saúde de Pernambuco, André Longo, que participou, na manhã desta segunda-feira, 18, de debate sobre o primeiro dia útil do lockdown em Pernambuco na Rádio Jornal. Na ocasião, André Longo também falou sobre como está sendo o uso da substância no Estado.

Segundo ele, existem informações falsas sendo divulgadas nas redes sociais de que as farmácias de Pernambuco teriam recolhido a cloroquina e a hidroxicloroquina. "Tem um protocolo que o presidente coloca que a hidroxicloroquina deve ser utilizada em ambiente hospitalar, para pacientes em casos graves da doença. Esse é o protocolo que a gente tem do Ministério da Saúde hoje", relata.

LEIA TAMBÉM | Unimed Fortaleza vai distribuir Cloroquina e Ivermectina aos seus clientes

Seja assinante O POVO+

Tenha acesso a todos os conteúdos exclusivos, colunistas, acessos ilimitados e descontos em lojas, farmácias e muito mais.

Assine

O secretário conta que Pernambuco recebeu 180 mil comprimidos da substância, e mais de 140 mil foram distribuídos em 63 unidades de saúde. "Nós não recolhemos, pelo contrário, nós distribuímos nas unidades. O Ministério da Saúde que não entregou medicação suficiente para fazer em casos leves", acrescentou.

Participaram do debate da Rádio Jornal o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antônio de Pádua, o procurador Geral do Estado, Ernani Médicis. De acordo com Pádua, o primeiro dia útil do lockdown em Pernambuco foi avaliado como positivo. "De um modo geral, a população está entendendo a mensagem do isolamento social. Tivemos registros de três TCOs (Termo Circunstanciado de Ocorrência), em razão de desacato, e foi necessário usar a força policial mais contundente. Mas as pessoas estão obedecendo o rodízio, de forma geral", disse. Segundo ele, 1.300 policiais atuam na fiscalização durante o lockdown.

LEIA TAMBÉM | Ampliação do uso da cloroquina pode provocar mortes em casa, diz Mandetta

O procurador geral do Estado afirmou sobre as novas medidas de restrição no transporte público. Segundo ele, no sábado e no domingo houve uma redução de 25% na procura pelos ônibus em decorrência das medidas de isolamento mais rígidas. "Hoje a gente está monitorando e no final do dia a gente vai ter esse dado. Mas a impressão dos fiscais é de que houve redução. Essas medidas de rodízio e de restrição foram adotadas pera as pessoas ficarem em casa", declarou.

Ainda sobre a cloroquina, o secretário André Longo fez críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). "Não há protocolo dizendo que é para fazer (a hidroxicloroquina), não existe sustentação científica até esse momento. Há uma briga política que já derrubou dois ministros. Não se pode resolver uma situação grave gerando instabilidade", relatou. Segundo ele, estão previstos para chegar em Pernambuco nesta terça-feira (19), 35 ventiladores pulmonares, que serão distribuídos nos leitos do antigo Hospital Alfa, em Boa Viagem, na Zona Sul e para a Maternidade Brites de Albuquerque, em Olinda.

LEIA TAMBÉM | Sociedade de Imunologia diz que é "precoce" uso de cloroquina para Covid-19

 

Do Jornal do Commercio via Rede Nordeste

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar