Ocupação de leitos da rede privada deve começar a cair a partir do dia 20 deste mês, segundo Associação

A expectativa é que o aumento da taxa de isolamento social, com adoção de medidas mais rígidas, favoreça uma menor ocupação dos leitos

A ocupação de leitos de hospitais da rede privada deve começar a diminuir a partir do dia 20 deste mês, conforme explicou o presidente da Associação dos Hospitais do Estado do Ceará (Ahece), Luiz Aramicy Pinto. A expectativa, baseada em estudos da instituição, é que o número de atendimentos caia com o aumento do isolamento social, que funciona com medidas mais rígidas desde a última sexta-feira, 8.

Aramicy explicou que atualmente o atendimento nas unidades particulares é mais brando no período da manhã e concentra um maior número de pacientes à tarde. Ele disse, no entanto, que os hospitais não estão precisando interromper momentaneamente a entrada de novos pacientes como estava acontecendo na semana passada. O motivo seria o aperfeiçoamento do protocolo da doença, que está sendo implementado com mais agilidade pelos profissionais.

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Em relação ao isolamento social, a preocupação do presidente ainda reside nas periferias da Capital. Ele aponta que o isolamento continua não sendo cumprido da mesma forma que em outras áreas da cidade. “Trabalhando bem a periferia é um caminho. Vamos continuar insistindo para que as pessoas cumpram”, defendeu Aramicy.

No último fim de semana, a Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis) impediu a realização de sete feiras de rua que aconteceriam nos bairros Messejana, São Cristóvão/Jangurussu, Parque Santa Maria, Autran Nunes, Parque Santa Rosa, Serrinha e Álvaro Weyne. O órgão municipal recebe denúncias de aglomerações por meio dos telefones 150 e 156, além do aplicativo Fiscalize Fortaleza, disponível para download no Android e no iOS.

Considerando as unidades públicas e privadas, o número de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) é de 88,8%, segundo dados atualizados na manhã desta terça-feira, 12. Em relação às enfermarias, a taxa é menor, com 78,4% de ocupação. Entre as unidades, 12 apresentam 100% de ocupação das UTIs e outras 10 tem ocupação acima de 80%. O hospital de Messejana, que concentra o maior número de UTIs do Estado, está com 98% de ocupação: apenas dois do 146 leitos estão livres.

Pacientes não podem ser dispensados ou encaminhados para outra unidade, diz Cremec

Em nota divulgada nesta segunda-feira, 11, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) afirmou que todos os pacientes que chegarem a uma unidade de urgência e emergência devem ser atendidos por um médico. O Conselho defende que mesmo que o hospital não possa acolher o paciente de forma efetiva, devido à lotação, deve ser realizado pelo menos um processo de triagem e, caso necessário, intervenção médica imediata nas condições em que o profissional se encontra.

“Todo paciente que tiver acesso ao “Serviço Hospitalar de Urgência e Emergência” (SHUE) deverá, obrigatoriamente, ser atendido por um médico, não podendo, sob nenhuma justificativa, ser dispensado ou encaminhado a outra unidade de saúde por profissional que não o médico”, defende o Cremec.

Luiz Aramicy Pinto, presidente da Ahece, concorda que a nota divulgada pelo Cremec é fundamental para alertar a conduta dos médicos em um momento de crise. “É um documento válido, o Cremec não pode estar omisso nesse momento. O médico precisa estar de frente, é um dos principais profissionais para combater a pandemia”, enfatizou.

 

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